Estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas ( CNDL ) apontou que metade dos brasileiros, ou seja, 50% deles tiveram que sacar parte da reserva financeira para o pagamento de dívidas e demais despesas básicas de casa no mês de setembro deste ano.
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Desta porcentagem, 18% usaram a reserva financeira para o pagamento de despesas extras, 12% para quitar dívidas, 11% para pagar contas básicas da casa e outros 10% para cobrir imprevistos que surgiram no mês de referência da pesquisa.
“Uma das principais finalidades da reserva é proteger o consumidor contra situações não planejadas e emergenciais. Na falta desses recursos, os que sacaram das reservas para fazer frente a imprevistos teriam que recorrer ao crédito, em condições normalmente não vantajosas pelas altas taxas de juros”, explicou a economista-chefe do SPC Brasil , Marcela Kawauti.
Outro dado identificado na pesquisa – com mês de referência – setembro apontou que o brasileiro continua com dificuldade de fechar o mês com algum dinheiro sobrando, essa é a realidade de 73% dos respondentes da pesquisa das entidades.
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Apenas 21% dos entrevistados foram capazes de poupar, ao menos, parte do salário que recebem no período analisado. Entre os consumidores das classes C, D e E, o índice é ainda menor e cai para 16% dos respondentes da pesquisa. Nas classes A e B, a proporção de poupadores cresce para 38%, mas ainda assim, é a minoria.
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Mais aperto
O estudo identificou que os brasileiros que declararam não ter conseguido poupar nenhum centavo, afirmaram que a renda muito baixa inviabilizou a ação. Outros fatores que colaboram para que as pessoas não consigam guardar dinheiro são: imprevistos e o desemprego, com 18% e 17% das menções, respectivamente. Já a falta de controle das finanças pessoais foi mencionada por 13,1% dos entrevistados.
“O momento de crise econômica exerce influência entre as principais razões apontadas para não poupar, mas não é o único fator. O descuido com relação aos gastos também deve ser visto com atenção. Para aqueles que não se veem como disciplinados, a dica é recorrer a aplicações automáticas, de modo que o dinheiro possa ser guardado com regularidade, enfatizou a economista Marcela Kawauti.
Dos poucos brasileiros que se organizam, e poupa algum dinheiro , 44% afirmam que o fazem para se prevenir de supostos imprevistos. Outros afirmam que a medida é tomada para garantir o futuro melhor da família, com 29% das menções. A realização de algum sonho de consumo foi mencionada por 25% dos respondentes, e 21% guardam dinheiro para ter uma garantia caso percam o emprego. Já a aposentadoria foi lembrada por apenas 8% desses poupadores.
Reserva
A maioria, ou 59% dos entrevistados, afirmou que usa a poupança como forma de fazer sua reserva financeira. Outros 27% deixam o dinheiro guardado na própria casa. Em seguida, aparecem de forma mais pulverizada os fundos de investimento com 12% das menções, a previdência privada com 8%, os CDBs com 7%, o tesouro direto com 7% e ações em bolsas com 4% das menções. “A sondagem mostra um perfil de investimento ainda bastante conservador e inerte na busca de melhores opções, mas também se vê que a falta de conhecimento das modalidades disponíveis acaba pesando nessas escolhas”, afirma Kawauti.
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