Consumidores voltaram a comprar na Black Friday após dois anos de crise econômica, apesar de promoções tímidas
Paulo Pinto/ Fotos Públicas
Consumidores voltaram a comprar na Black Friday após dois anos de crise econômica, apesar de promoções tímidas

A quinta edição da Black Friday no Brasil, promovida por lojas virtuais e físicas em todo o País nessa sexta-feira (24) , motivou um total de 3.503 queixas de consumidores no site Reclame Aqui. O número representa um aumento de 17% em relação ao total de reclamações recebidas na edição de 2016 do grande dia do comércio no ano. E essa alta também encerra o movimento de redução das queixas, que vinham caindo desde 2014, segundo os registros do site especializado.

De acordo com o levantamento do Reclame Aqui, que considerou as queixas apresentadas entre as 18h de quinta-feira e as 23h59 de sexta-feira, o principal motivo da insatisfação dos consumidores nesta Black Friday foi a propaganda enganosa, que justificou 13,5% das reclamações. Os clientes também se incomodaram bastante com problemas na finalização da compra (9,6% dos casos) e com divergência de valores (8,8%).

O site verificou que houve aumento no total de vendas, fato explicado pela contingência de gastos durante o período mais duro da crise no País, nos últimos dois anos. Em nota, a equipe do Reclame Aqui ressaltou que, apesar do crescimento nas vendas, a data "perdeu o encanto" no Brasil.

"Sem os descontos surpreendentes que permitiriam comprar produtos cobiçados, a data apresentou baixas modestas, longe do sonho americano que a inspirou. Mas já sem grandes expectativas, o consumidor voltou a comprar após dois anos do auge da crise, aproveitando para realizar compras planejadas e antecipar os presentes de Natal - só resta saber se os presentes chegarão a tempo da ceia, daqui a um mês", destaca o texto.

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Lojas mais reclamadas

De acordo com os registros do Reclame Aqui, a rede varejista Magazine Luiza foi a campeã de reclamações durante a Black Friday , sendo alvo de 263 queixas. A empresa comandada por Luiza Trajano foi seguida de perto pelo site das Lojas Americanas (245 reclamações), completando o top 5 a loja KaBum! (173), o site das Casas Bahia (126) e o site Submarino (124).

Além das promoções tímidas e da revolta com propagandas enganosas, consumidores também relataram vários casos de cobranças exorbitantes nos valores de frete. O site da já citada loja KaBum! chegou a cobrar incríveis R$ 10 mil para entregar uma televisão de 32 polegadas. Em nota, a empresa alegou que o produto não estava disponível, portanto, não haveria como cobrar o frete nesse valor. "Por precaução, o sistema foi atualizado, assim como as opções e valores de frete – mesmo com o estoque indisponível", explicou a loja.

Ainda durante essa sexta-feira, a fundação Procon do Rio de Janeiro autuou nove das 27 lojas fiscalizadas no comércio de rua do Centro da capital fluminense e nos shoppings Via Parque, Barra Shopping, Nova América e Norte Shopping. Os fiscais encontraram em uma das lojas etiquetas de preços fraudadas para ludibriar os consumidores durante a Black Friday.

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