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De acordo com o IBGE, a redução na produção prevista para todas as regiões é o principal contribuinte para a queda
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De acordo com o IBGE, a redução na produção prevista para todas as regiões é o principal contribuinte para a queda

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (9) resultados referentes ao Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), que mostrou o primeiro prognóstico para a safra do ano que vem, evidenciando uma produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada em 220,2 milhões de toneladas. O número foi considerado 8,9% menor do que a safra deste ano.  

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De acordo com o IBGE , a redução na produção prevista para todas as regiões é o principal contribuinte para a queda. Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste terão suas produções diminuídas em respectivamente, 3,2%, 5,8%, 4,8%, 12,3% e 8%, principalmente, por causa dos recuos de 6,3% na estimativa de produção da soja e de 14,4% do milho. Em relação à décima estimativa para a safra 2107, o total foi de 241,6 milhões de toneladas, com alta de 30% frente ao ano passado, que totalizou 185,8 milhões.

A área a ser colhida, de 61,2 milhões de hectares é 7,2% maior que a do ano anterior. Juntos, o arroz, o milho e a soja, principais produtos deste grupo, representam 93,8% da estimativa da produção, respondendo por 87,9% da área a ser colhida. Se comparado ao ano passado, houve acréscimo de 2,2% na área da soja, de 19,3% na do milho e de 3,9% na de arroz. Enquanto na produção, o avanço foi de 19,4% para a soja, 16% para o arroz e 54,9% para o milho.

Em termos regionais, a décima estimativa para a safra 2017 aponta os seguintes resultados em toneladas, acerca da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas: Centro-Oeste, com 75,1 milhões, Sul, com 73,4 milhões, Sudeste, com 20,6 milhões, Nordeste, com 9,7 milhões e Norte, com 7 milhões.

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No que se diz respeito à safra passada, houve aumento de 16,4% no Sudeste, de 23,3% no Norte, de 86,6% no Nordeste, de 40,7% no Centro-Oeste e de 16,1% no Sul. Na avaliação para este ano, o Mato Grosso foi apontado como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 26,2%. Em seguida ficaram: Paraná, com 17,2% e Rio Grande do Sul, com 15,2%. Se somados, os locais representam 58,6% do total nacional previsto.

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Estimativa 2018

Entre os cinco produtos de maior relevância para a próxima safra, quatro devem variar negativamente na produção, tendo queda de 1,5% prevista para o algodão herbáceo em caroço, baixa de 6,8% para o arroz em casca e decréscimos de respectivamente 14,4% e 6,3% para o milho e soja em grão. Somente o feijão em grão variará positivamente, em 1,3%.

O primeiro prognóstico da safra de algodão é de 3,8 milhões de toneladas, com retração de 1,5% frente à safra deste ano. A área plantada, de 986,6 mil hectares, deve crescer 6,3%.  Já a produção do arroz em casca está estimada em 11,5 milhões de toneladas, com redução de 2,6% na área de plantação.

A produção de feijão para a safra 2018 é de 3,4 milhões de toneladas, resultado 1,3% maior, com produção de 1,6 milhão de toneladas para a primeira safra, 1,3 milhões para a segunda e 520 mil para a terceira. Enquanto a produção de milho em grão para o ano que vem é de 85,1 milhões de toneladas, com queda de 14,4%, o que representa menos 14,3 milhões de toneladas em relação à safra deste ano.

 Destaques de outubro

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE de outubro, destacaram-se as seguintes estimativas, ante ao mês de setembro : café canéfora, com alta de 11,4%, cevada, com menos 7,6%, feijão 2ª safra, com queda de 3,6%, café arábica, com recuo de 2,2%, aveia, com baixa de 1,4% e trigo, com retração de 1%.

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