Inadimplência no comércio do Rio de Janeiro tem alta de 0,4% em outubro

Resultado representa menor índice registrado em 2017; dívidas quitadas e consultas diminuíram 1,4% e 8,4% na comparação com outubro de 2016

No acumulado do ano, inadimplência no Rio de Janeiro registra elevação de 1,3% na comparação com 2016
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
No acumulado do ano, inadimplência no Rio de Janeiro registra elevação de 1,3% na comparação com 2016

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (9) pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio) indicou registrou crescimento de 0,4% na inadimplência do comércio lojista da capital fluminense, em outubro passado, em relação a igual mês de 2016. Esse foi o menor índice do ano. Já as dívidas quitadas e as consultas diminuíram 1,4% e 8,4%, respectivamente, também em relação a outubro do ano passado.

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Considerando o acumulado entre os meses de janeiro e outubro, comparativamente ao mesmo período de 2016, a inadimplência aumentou 1,3% no Rio de Janeiro , enquanto as dívidas quitadas cresceram 0,1%. Já as consultas ao SCPC caíram 8,3%.

Aldo Gonçalves, presidente do CDL Rio, afirmou que a situação do Rio de Janeiro é complicada, porque o funcionalismo público não está recebendo em dia os salários. “Vai receber o décimo terceiro salário do ano passado e não sabe quando vai receber o décimo terceiro de 2017. Tem o problema da violência em que, infelizmente, houve aumento, um recrudescimento. Tem o problema da desordem urbana. Mas mesmo assim, a inadimplência caiu”, disse.

De acordo com Gonçalves, a queda da inadimplência retrata o freio dado pelas pessoas no consumo. Ele aposta, contudo, que deverá ocorrer um movimento de retorno às compras com a proximidade do Natal. “O período do Natal é muito importante para alguns segmentos do comércio , cujas vendas representam 30% do faturamento e até mais”.

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Os lojistas esperam um crescimento modesto das vendas no Natal em torno de 2% em média. “Pode ser um pouco mais, um pouco menos”. O presidente do CDL Rio observou que no Rio, em função da situação de crise do estado, o otimismo do setor é moderado, “diferentemente do resto do Brasil, onde há um otimismo maior”.

Como resultado da crise financeira no Estado, muitos estabelecimentos comerciais têm sido fechados. Nos seis primeiros meses do ano, 4.154 lojas encerraram atividades na cidade, 76,2% a mais do que em igual período de 2016.

Em junho, foram 900 estabelecimentos fechados na capital e 2.061 no estado, um aumento de 149% e de 100%, respectivamente, em comparação ao mesmo mês do ano passado. No semestre janeiro a junho, foram mais de 9.730 lojas fechadas no estado, 55% a mais do que no mesmo período de 2016. “É um número muito grande”, lamentou Gonçalves. “Isso é consequência do momento difícil que nós estamos vivendo”.

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Durante todo o ano passado, mais de 11.950 empresas fecharam as portas no estado do Rio de Janeiro, sendo 4.700 na capital fluminense, um aumento de 25,2% e 23,1%, respectivamente, em relação a 2015, de acordo com dados de pesquisa do Centro de Estudos do CDL Rio. Ainda segundo Gonçalves disse que há uma tendência de melhora que pode apontar na direção da reversão desse quadro. Destacou, porém, que o grande fator que afeta o comércio varejista é o desemprego. “Segundo economistas, o desemprego é o último indicador a melhorar. Custa um pouco porque depende de novos investimentos e de confiança na economia”, finalizou.