A proposta para a nova modelagem operacional da Eletrobras será entregue ainda nesta segunda-feira (6) ao presidente Michel Temer . O documento será entregue pelo Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho em reunião no Palácio do Planalto. Durante esse encontro estará presente, para discutir detalhes da privatização, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Leia também: Meirelles alega que criação de fundo nas Bermudas é para administrar sua herança
A privatização da Eletrobras foi anunciada em agosto deste ano pelo presidente da República e desde o começo das conversas, é estudada a possibilidade de venda de ações da estatal na Bolsa de Valores , hoje chamada de B3. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a medida tem o objetivo de dar mais competitividade e agilidade às operações da empresa.
O governo espera arrecadar com a privatização R$ 12 bilhões. Esse valor é R$ 4,7 bilhões maior que a estimativa anterior e foi informando na mensagem modificada do Orçamento de 2018. Essa alta foi uma manobra do governo para tentar compensar a exclusão do Aeroporto de Congonhas no plano de concessão anunciado recentemente.
A expectativa é que no encontro desta segunda-feira (6) Temer defina junto a sua equipe de ministros como será o processo de desestatização da companhia, podendo ser por meio de decreto, medida provisória ou como projeto de lei em caráter de urgência.
Você viu?
Leia também: Receita consolida regras sobre declaração do Imposto de Renda para 2018; veja
Expectativa
Na última semana o assunto já estava sendo tratado internamento pela equipe do presidente, e o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, disse que a análise técnica já foi concluída e cabe aos ministros definir o percentual que cada investidor poderá ter no bloco de controle.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira , anunciou em evento com empresários, na Espanha, que os detalhes do processo serão divulgados em breve. Na palestra, o ministro adiantou que o governo deve diminuir sua participação na Eletrobras para menos de 40% e que a oferta de ações na Bolsa podem começar já no primeiro semestre do ano que vem. As informações foram divulgadas na conta do Twitter do Ministério do Planejamento.
Atualmente, a União, fundos ligados ao governo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somam uma participação de mais de 60% na empresa.
*Com informações da Agência Brasil
Leia também: Desembolsos devem ficar abaixo da projeção inicial de R$ 80 bilhões, diz BNDES