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Taxa acumulada nos 12 meses da produção industrial cresce 0,4% em setembro - primeiro resultado positivo desde 2014, segundo o IBGE
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Taxa acumulada nos 12 meses da produção industrial cresce 0,4% em setembro - primeiro resultado positivo desde 2014, segundo o IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (1) os resultados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil (PIMPF Brasil), que mostrou um crescimento de 2,6% na indústria em setembro, na série sem ajuste sazonal e na comparação ao mesmo mês do ano passado. Vale mencionar que em agosto a produção industrial caiu 0,7%.

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De acordo com o IBGE , os índices do setor industrial foram positivos tanto no fechamento do terceiro trimestre deste ano, com 3,1%, quanto para o acumulado dos nove meses, com 1,6%. A taxa acumulada nos últimos 12 meses apresentou alta de 0,4% – primeiro resultado positivo desde maio de 2014, quando marcou 0,3%.

Atividades

Na transição de agosto para setembro deste ano houve alta em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 8 dos 24 ramos avaliados. Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos alimentícios foram apontados como os principais contribuintes, com aumento de respectivamente, 6,7% e 4,1%. Com as taxas positivas, ambos reverteram as baixas do mês anterior.

Outras contribuições positivas partiram de indústrias extrativas, com 1% e veículos, automotores, reboques e carrocerias, com 1%. Entre os 16 ramos que tiveram baixas na produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância foram produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com queda de 20,9% e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal, com menos 6,1%.  

Impactos negativos também foram observados nos seguintes setores: produtos do fumo, com recuo de 15,5%, produtos diversos, com retração de 6%, produtos de metal, com -1,6% e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com -3,6%.

Em relação às grandes categorias econômicas, ainda na comparação com agosto, houve crescimento de 2,1% em bens de consumo duráveis. Com a elevação, a categoria registrou a maior expansão de setembro, acumulando ganho de 9,6%. O segmento de bens intermediários, com 0,7% foi outra positiva mensal.

Já os setores de bens de consumo semi e não-duráveis caíram 1,8% e de bens de capital recuaram 0,3%. O primeiro acumulou perda de 2,3% na produção, enquanto o segundo acumulou ganho de 10,2%.

Média móvel trimestral

A média móvel trimestral apresentou avanço de 0,1% no trimestre encerrado em setembro e na série com ajuste sazonal, mantendo o bom desempenho iniciado em maio deste ano. Bens de consumo duráveis foi o principal responsável para o movimento positivo, ao crescer 3,1%.

Os segmentos de bens de capital, com 0,6% e de bens intermediários, com 0,2% também cresceram no nono mês do ano, enquanto o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis apontou o único resultado negativo no mês, com queda de 0,1%.

Você viu?

Frente ao igual período do ano anterior, o setor industrial obteve taxas positivas em todas as quatro grandes categorias econômicas, 18 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 48,7% dos 805 produtos pesquisados.

Das atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, com 20,9% exerceu o maior impacto na boa formação da média da indústria, sendo fortemente impulsionada pelo aumento na fabricação dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e autopeças.

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Outras contribuições relevantes para o total nacional vieram de produtos alimentícios, com 3,6%, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com 3,9%, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com 16,9%, de indústrias extrativas, com 2,2%, de metalurgia, com 2,8%, máquinas e equipamentos, com 2,8%, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, com 9,4% e de móveis, com 11%.

Em contrapartida, apontaram redução na produção produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com menos 26,5%, outros equipamentos de transporte, com decréscimo de 14,3%, outros produtos químicos, com baixa de 2,9% e produtos de metal, com -5,3%.

Bens de consumo duráveis, com 16,2% e bens de capital, com 5,7% foram os maiores avanços entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens intermediários, com 1,9% e de bens de consumo semi e não-duráveis, com 0,1% também subiram no mês, porém, ambos abaixo da média nacional.

Acumulados

Na base comparativa anual e no índice acumulado para janeiro-setembro deste ano, o setor industrial cresceu 1,6%, com bons resultados nas quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 26 ramos, 48 dos 79 grupos e 52,4% dos 805 produtos avaliados.

Ainda entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os nove meses de 2017 se mostrou mais dinâmico em bens de consumo duráveis, com 11,7% e bens de capital, com 4,5%. A primeira foi potencializada pela ampliação na fabricação de automóveis, com 19,1% e eletrodomésticos, com 10,3% e a segunda por bens de capital para equipamentos de transporte, com 4,7%, uso misto, com 17,1%, construção, com 32,8% e agrícola, com 9,6%.

O IBGE destacou que há nos dois grandes grupamentos , a influência da baixa base de comparação, já que no período janeiro-setembro do ano passado esses segmentos decresceram de 18,7% e 14,2%, respectivamente.

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