Nesta terça-feira (31), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) informou que após ter desacelerado o ritmo de redução da taxa básica de juros ( Selic ) na semana passada, para 7,5% ao ano, não descarta a possibilidade de continuar com a retração em 2018, chegando abaixo de 7%. Além disso, houve a afirmação de que para a manutenção da taxa em queda, é necessário dar sequência ao processo de reformas, bem como aos ajustes na economia.
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As informações foram divulgadas na ata da última reunião do Copom . "Todos os membros do comitê voltaram a enfatizar que a aprovação e a implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal e de ajustes na economia, são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente de inflação baixa e estável para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural", expõe o documento do BC.
Vale mencionar que o mercado financeiro já visa a diminuição na intensidade dos cortes de juros em dezembro, com a projeção de baixa de 0,5 ponto percentual, passando para 7% ao ano.
Recuperação econômica
Em relação ao atual ciclo de redução da taxa básica de juros, o comitê diz “manter a liberdade de ação e adiar qualquer sinalização sobre as decisões futuras de política monetária de forma a incorporar novas informações sobre a evolução do cenário básico e do balanço de riscos".
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Durante a reunião houve consenso de que a economia deve seguir em recuperação gradual, o que pode ser percebido por meio de sinais como o da melhora na oferta de emprego. O documento consta que o avanço na recuperação potencializa o consumo, o que poder dar espaço para a retomada de investimentos. Além de destacar que a ociosidade econômica não deve ocasionar revisões da trajetória esperada para a inflação.
Inflação e riscos
Ainda de acordo com a ata, o cenário para a inflação engloba fatores de risco em duas direções. A primeira diz respeito à redução da trajetória da inflação abaixo da esperada devido ao "choque favorável nos preços de alimentos", bem como o de bens utilizados pela indústria.
Já a segunda está relacionada a inflação que pode crescer por conta da “frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas". Segundo o Copom do BC, esse risco se torna ainda maior caso haja reversão do atual cenário externo, que favorece as economias emergentes .
*Com informações da Agência Brasil
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