Em entrevista ao programa Por Dentro do Governo, da TV NBR, na manhã desta segunda-feira (30) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a Reforma da Previdência, deve ser aprovada ainda este ano. Em sua opinião, a decisão sobre o tem em 2018, que é ano de eleição, seria mais difícil.
Leia também: Ministério do Trabalho divulga "Lista Suja" de empresas que já foram autuadas
“O próximo ano é eleitoral. É difícil a aprovação de medidas desse porte no próximo ano. É muito importante que seja feita [a aprovação] neste governo. Teremos eleição ano que vem. Haverá um novo governo tomando posse. Qualquer governo terá que fazer [a reforma]. Se não for feita agora, será o primeiro desafio do próximo governo”, disse o ministro ao acrescentar que a Reforma da Previdência é importante para o crescimento econômico brasileiro.
Outro dado revelado pelo ministro da Fazenda foi a possibilidade de o governo fazer uma nova revisão da estimativa para o Produto Interno Bruto ( PIB ), que atualmente é de 2% de crescimento. “Vamos fazer uma revisão proximamente, mas não me surpreenderia se estiver acima de 3% de crescimento para o ano de 2018”, explicou.
Mierelles falou ainda sobre a possibilidade de o presidente Michel Temer anunciar mudanças no Orçamento de 2018 , porém não soube informar se isso seria feita por meio de Medida Provisória (que passa valer após sancionada), ou se as mudanças passariam pela aprovação do Congresso.
Você viu?
Leia também: Conta de luz terá taxa extra de R$ 5 para cada 100 quilowatts-hora consumidos
Reforma trabalhista
Na entrevista outros temas importantes foram tratados por Henrique Meirelles, entre eles a reforma trabalhista que entra em vigor no dia 11 de novembro. A modernização das relações trabalhistas, como o governo trata as mudanças, permitem que o trabalhador divida o período de férias em até três, permite que os acordos de convenção coletiva de trabalho prevaleçam sobre a lei, sendo que esse acordo pode ser discutido entre o sindicato da categoria, trabalhadores e empresas.
A reforma ainda permite jornada de trabalho de 12 horas, que deve ser seguida de 36 horas de descanso e trabalho intermitente, quando o colaborador ganha só pelas horas trabalhadas. Foram muitas mudanças, mas não se pode afirmar que as mesmas beneficiam os trabalhadores.
Para o governo, as mudanças devem gerar mais de 6 milhões de empregos no Brasil, assim como a Reforma da Previdência deve garantir o futuro desses trabalhadores. Último dado do Institui Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que no País mais de 13 milhões de pessoas estão desocupadas, número bem alto para uma economia que saiu da crise, como afirma Meirelles.
Leia também: Após 70 anos de sua fundação, Riachuelo chega a 300 lojas em operação