Nesta sexta-feira (27), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostrou que em outubro, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) apresentou crescimento de 3,3 pontos, atingindo 92,5 pontos. Sendo essa a segunda alta consecutiva, o índice alcançou o seu maior nível desde agosto de 2014, quando marcou 92,7 pontos. Em relação às médias móveis trimestrais, o avanço foi de 3 pontos.
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“A expressiva alta do ICOM nos últimos dois meses e o registro de seu maior nível desde 2014 reforçam a percepção de que o efeito da crise política de maio passou completamente e de que os indicadores de confiança do setor retomam a tendência de alta do início do ano. O movimento sugere que o segmento segue em recuperação lenta, sob influência da inflação baixa e do ciclo de redução das taxas de juros”, afirmou o coordenador de sondagem do comércio do Ibre/ FGV , Rodolpho Tobler.
A alta do ICOM foi percebida em 10 dos 13 segmentos avaliados pela apuração, havendo melhora nas expectativas e nas avaliações acerca da situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA-COM), por exemplo, registrou um aumento de 2,3 pontos, ao passar para 86,2 pontos – maior nível desde 2015, quando marcou 87,4 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 4,1 pontos, para 99,2, também seu maior patamar desde maio de 2014, quando alcançou 102 pontos.
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Situação Atual índice de desconforto
O bom desempenho dos indicadores da sondagem do comércio foi intensificado pela queda no “índice de desconforto” do comércio, referente a soma das produções das empresas que evidenciam limitações a melhoria dos negócios tradicionalmente vinculados ao mau humor do empresariado. Ou seja, a demanda insuficiente, o custo financeiro e o acesso a crédito bancário. Vale mencionar que a relação desse indicador com o ISA-COM tem sido significante, com baixa de 0,99.
Em contrapartida a segunda alta consecutiva do ISA-COM, em médias móveis trimestrais , com 21 pontos, acima do mínimo obtido em dezembro de 2015, há o recuo do índice de desconforto, que caiu pelo sexto mês seguido, na mesma métrica, com 18,1 pontos, abaixo do máximo de outubro de 2015. De acordo com a FGV, apesar de os dois indicadores ainda estarem distantes da média histórica de 100 pontos, o resultado positivo recente reforça a recuperação do setor.
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