Nesta quarta-feira (25), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas ( Ibre/FGV ) divulgou um avanço de 1,4 ponto no Índice de Confiança do Consumidor (ICC), atingindo 83,7 pontos. Com o resultado, o índice alcançou maior nível desde março deste ano, quando marcou 85,3 pontos. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 3,8 pontos.
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“A recuperação mais consistente da economia fez com que a confiança do consumidor retornasse ao nível anterior à crise política. Na comparação com indicadores empresariais, no entanto, a confiança ainda é baixa, sinalizando cautela diante dos níveis elevados de incerteza. Os resultados sugerem que a melhora do consumo nos últimos meses tem sido sustentada mais pela liberação de recursos do FGTS , queda dos juros e depreciação de bens duráveis que pelo otimismo do consumidor“, ressaltou a coordenadora da sondagem do consumidor do Ibre/FGV, Viviane Seda Bittencourt.
Avaliações
Em outubro, houve uma melhora nas avaliações dos compradores, que consideraram a situação atual e as perspectivas futuras mais favoráveis. Isso foi comprovado pela terceira alta consecutiva do Índice de Situação Atual (ISA), que registou 2,3 pontos a mais, alcançando 73,2 pontos – melhor taxa desde os 74,9 de junho deste ano. O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, acresceu pelo segundo mês, com mais 0,7 ponto, passando para 91,8 pontos, também seu maior nível desde os 91,7 de junho.
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Os consumidores ainda se mostraram menos insatisfeitos acerca da situação econômica em geral. Os indicadores que apuram as análises sobre a situação econômica atual e no futuro próximo apresentaram avanço de 2,7 pontos, sendo o fator positivo mais impactante para o resultado mensal.
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Satisfação e renda
A satisfação no que se diz respeito às finanças familiares cresceu no mês de outubro. O indicador que mede as avaliações atuais passou para 67,1, com o incremento de 2 pontos, obtendo o seu maior patamar desde agosto de 2015, de 70,5 pontos. Por outro lado, em relação à situação financeira das famílias nos próximos meses, ainda há certa cautela por parte dos consumidores, principalmente na hora de planejarem suas compras.
Tal dado foi exposto pelo indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis, que caiu pelo quinto mês consecutivo, indo para 71,3 pontos, nível parecido com o de abril, quando marcou 71,1 pontos.
A confiança do consumidor ainda cresceu em três das quatro faixas de renda que compõem a apuração. A maior delas partiu das famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600, uma vez que julgaram haver uma melhora tanto na satisfação com a situação atual quanto nas expectativas para o futuro próximo. Já entre as famílias com renda superior a R$ 9.600, o nível de confiança baixou 2,2 pontos, com forte influência das expectativas negativas sobre o futuro.
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