Os problemas persistentes da Equifax – agência de crédito responsável pela enorme falha de dados que afetaram cerca de 143 milhões de clientes no início deste ano – continuam a incitar novos receios em relação à cibersegurança. Na semana passada, o site Equifaz apresentou uma mensagem de erro após o mesmo sair do ar por conta do que parecia ser uma violação em potencial.
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No final da quarta-feira (11), a Ars Technica informou que o analista independente de segurança, Randy Abrams, descobriu que a página Equifax estava o redirecionando para atualizações fraudulentas do Adobe Flash . Ele descobriu que, ao clicar nos links de download, os dispositivos eram infectados com adware . Abrams encontrou falsos links - que comprometiam a cibersegurança - do Flash pelo menos três vezes e compartilhou um vídeo que encontrou no YouTube.
“Estamos cientes da situação identificada no site equifax.com no link de ajuda ao relatório de crédito”, afirmou o porta voz da Equifax, Wyatt Jefferies em comunicado. “Nossas equipes de TI e segurança estão investigando esse assunto e, por uma abundância de cautela, levamos esta página temporariamente para fora do ar. Quando ficar disponível ou obtivermos mais informações, compartilharemos”.
Após a investigação ser completada, a companhia declarou que o incidente não era uma violação, conforme relatado pela Endgadget. O site voltou ao ar no final de semana.
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Privacidade na era digital
Enquanto isso, o Congresso norte-americano está considerando um congelamento nacional de crédito na sequência do ocorrido com a Equifax. O representante Patrick McHenry, que apresentou o projeto de lei, explicou que “Isso protege os cidadãos dos EUA criando um congelamento nacional de crédito que realmente funciona, proibindo que as maiores agências de relatórios de crédito continuem confiando nas informações pessoais mais sensíveis dos estadunidenses: nossos números da Segurança Social”.
Embora isso não seja necessariamente uma contramedida temporária ruim, ela ignora os novos medos da cibersegurança que estamos começando a enfrentar como sociedade. Encerrar a dependência dos números da Segurança Social é uma coisa boa a fazer. No entanto, num momento em que uma única arma poderia causar um pulso eletromagnético (EMP) que limpa a rede elétrica de todo o País, destrói nossa energia e cria “uma crise existencial como nada que o mundo já tenha testemunhado”, perda de informação e as operações exigem a atenção do Congresso.
Além disso, no futuro, as questões de privacidade incluirão a proteção de implantes cerebrais de hackers que tentarão acessar a própria mente humana e decidir como a varredura cerebral deve ser usada para – e contra – cidadãos. Tão importante quanto à discussão neuroética que deve começar agora.
Uma abordagem proativa e baseada em ciência será essencial para dominar a cibersegurança, a privacidade cognitiva e desafios semelhantes, e as soluções técnicas e legislativas precisarão ser implementadas. Enquanto isso, a criptografia e a computação quântica estarão em breve aqui, oferecendo novas maneiras de proteger a informação dos olhos curiosos, se não dos EMPs.
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*Com tradução de futurism.com