É muito comum falarmos das opções de investimentos existentes no País. Poupança, previdência privada, Tesouro Direto são algumas das opções, mas os que possuem um alto valor e se mostram investidores mais arrojados podem procurar por opções no exterior.
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Os Estados Unidos, devido a sua economia estável perante outros mercados pode ser uma opção, na opinião do CEO da Morar EUA, Roberto Spighel. Segundo o executivo, dar atenção a ativos estrangeiros pode significar ganhar em dólar (moeda melhor valorizada frente ao real) e esses investimentos podem diversificar o patrimônio.
“Ter domínio do idioma e entender as leis são pontos fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento nos EUA . O montante aplicado naquele mercado partem dos quatro cantos do mundo e no Brasil tem sido cada vez mais comum”, explica Spighel.
Dados do Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, de cinco anos para cá, foi registrado crescimento de 89% de brasileiros a investir nos EUA. Isso também evidência o fato de que muitos têm se mudado para o país em busca de melhores condições de vida.
Essa procura por melhores condições é comprovada por números da Receita Federal . Entre 2014 e 2016 foi registrado aumento de 81,61% no número de Declarações de Saída Definitiva do País (obrigação esse de quem decide mudar do Brasil). Ao todo foram 55.402 declarações em 2016, número bem superior quando comparado ao período de 2011 a 2013, em que foram computadas 30.506 declarações.
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Possibilidades
De acordo com o especialista três mercados têm atraído investidores estrangeiros, sendo eles: imóveis; ações e franquias de alimentação. “Temos muitos brasileiros investindo no mercado imobiliário, principalmente na cidade de Orlando. Acho que esse investimento é muito mais cultural do que lucrativo”, explica.
A bolsa de valores dos EUA é bem atrativa. Segundo Spighel, existe um grande número de ativos e os custos de operar na bolsa local são menores. Outra diferença ao se comparar com o Brasil é que nos EUA a bolsa não fecha o que representa ganhos maiores nas transações. Imóvel é mais indicado para quem pretende mudar-se de vez e a terceira opção, as franquias, atraem pela lucratividade.
“As franquias de alimentação são uma ótima alternativa, mas a cidade em que se abrirá o negócio é fundamental para o bom andamento. As cidades no sul da Flórida são ótimas, pois possuem certa familiaridade com a cultura brasileira”.
Visto
O visto que é o documento que regulariza a situação do estrangeiro, também precisa de atenção e segundo o CEO do Morar EUA, existem tipos certos de vistos baseados nos setores que serão investidos. São eles: L-1, E-2 e o EB-5.
O L-1 é destinado a executivos transferidos para osEUA. A empresa dever ter um ano de existência no mínimo, antes de se criar uma filial no pais. O visto E-2 permite que o investidor monte uma empresa e resida lá por até cinco anos, tempo esse que pode ser renovado. Esse visto é o resultado de um acordo entre os EUA e alguns países, mas como o Brasil não faz parte do tratado, ele só é válido para brasileiros com dupla cidadania. Já o visto EB-5 é para aqueles que querem investir um valor acima de US$ 500 mil ou em projetos por conta própria, acima de US$ 1 milhão.
“Independentemente do negócio escolhido, qualquer tipo de empreendimento deve ser acompanhado por consultorias com profissionais competentes, que os assessore não apenas na parte financeira, mas também na assistência legal”, evidenciou o especialista, ao ressatar que esse acompanhamento garantirá o sucesso nos investimentos no local.
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