A revolução robótica começou em Wall Street. O programa JPMorgan Chase & Co. LOXM é tão bom em negociações de ações que está substituindo seres humanos que costumavam fazer esse trabalho. O grupo financeiro Goldman Sachs está automatizando o processo de oferta pública oficial. Vikram Pandit, anteriormente da Citigroup Inc., disse à rede de notícias Bloomberg que 30% dos empregos bancários podem desaparecer dentro de cinco anos graças ao avanço tecnológico.
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O cofundador do Two Sigma, David Siegel, também está preocupado com o fato de que a automação em breve tornará grande parte da força de trabalho obsoleto. Embora muitas pessoas imaginem que apenas o trabalho tradicional de "colarinho azul" está em risco devido à automação, os robôs são perfeitos para grande parte do trabalho que acontece em Wall Street .
Inteligência Artificial (IA) e aprendizagem de máquina permitem que computadores aprendam processando dados e linguagem natural, além da automação de processos mais simples, o que permite a robôs executarem tarefas de rotina. Os papéis de suporte e back-office serão os primeiros a sofrer os impactos em Wall Street.
Qualquer pessoa que gaste a maior parte do tempo fazendo tarefas de suporte repetitivo ou cálculos com base em dados estruturados perderá o emprego. De acordo com a Bloomberg, os robôs deverão lidar com 1,7 milhão de pedidos no JPMorgan somente em 2017. Entre eles, redefinir senhas e produzir relatórios de dados – o que equivale ao trabalho de 140 pessoas.
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Segundo a empresa de consultoria de gestão Opimas, até 2025, cerca de 30% dos profissionais em gerenciamento de ativos – aproximadamente 90 mil pessoas – serão substituídos por máquinas. Eles serão acompanhados por 15% das pessoas que trabalham em negociação e vendas, cerca de 45 mil. No geral, o impacto da automação em Wall Street representará uma perda de emprego de cerca de 18%, ou cerca de 230 mil pessoas.
Realidade
A automação não é algo completamente destrutivo, se você estiver apenas considerando esse impacto na força de trabalho. Segundo a Opimas, mais de 27 mil novos trabalhos de dados e tecnologia serão criados graças à inteligência artificial sob a forma de novos empregos, como cientistas de dados e engenheiros de máquinas-aprendizagem. Em entrevista à Bloomberg, Jared Moon, parceiro da McKinsey & Co., os bancos que investem em IA também podem ver ganhos de participação de mercado.
Além disso, continuará existindo mercado de trabalho para qualidades humanas, como confiança e empatia, que são difíceis de automatizar. Alguns empresários sempre precisarão de consultores para clientes que exijam mais qualidades humanas em suas interações. Para Richard Johnson, da Greenwich Associates, as pessoas que estão começando a trabalhar na área de finanças podem se preparar para essas mudanças.
"Seja experiente em tecnologia, seja cliente-esclarecido ou, seja esclarecido em dados", disse à Bloomberg. Isso significa se especializar em gerenciamento de relacionamento e trabalhar com a própria tecnologia. A codificação, a ciência dos dados e a análise continuarão sendo demandados à medida que o alcance da IA e o aprendizado da máquina se expandirem.
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Os especialistas do campo têm uma ampla gama de opiniões sobre como devemos estar nos preparando para o aumento da automação. No Canadá, o governo está focando no investimento em reciclagem e educação, e essa ênfase é compartilhada por muitos, incluindo Jack Ma, do Alibaba, e Jeremy Auger, da D2L. Outros especialistas não estão tão preocupados com a questão em geral, pois veem computadores melhores e tecnologia como fonte de mais empregos.
O executivo do Alphabet Inc., Eric Schmidt, e Ray Kurzweil, do Google, compartilham dessa opinião. Outros, como Stephen Hawking e Elon Musk têm uma visão mais clara de como a IA poderá afetar o mercado de trabalho – e possivelmente, a sobrevivência humana. Contudo, nenhum dos especialistas parece disputar a premissa básica de que a automação impactará um grande número de pessoas – e isso já está acontecendo, veja o caso de Wall Street.
* Com tradução de futurism.com