Balanço do Banco Central (BC) apontou que as contas externas brasileiras fecharam o mês de agosto com novo saldo negativo. Foi informado que o deficit nas transações correntes foi de US$ 302 milhões. No mesmo período do ano passado o deficit era de US$ 648 milhões.
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O Banco Central explicou que, mesmo com o saldo negativo as contas externas tiveram o melhor resultado para o mês desde o ano de 2007, ou seja, em 10 anos. O saldo das contas externas é composto pelas compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do País com o mundo.
De janeiro a agosto deste ano, o deficit ficou em US$ 3,013 bilhões, resultado bem menor do que em igual período de 2016, quando apresentou o montante de US$ 13,086 bilhões.
Os dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo BC indicam melhora significativa nos resultados das contas externas, sendo ele influenciado pelos números da balança comercial, que teve superavit de US$ 46 bilhões no acumulado de janeiro a agosto deste ano.
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Outros dados
Em contrapartida, no mês passado, a conta de serviços que contempla viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros, apresentou resultado negativo de US$ 2,897 bilhões. A conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) registrou déficit de US$ 2,870 bilhões. A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) ficou positiva em US$ 141 milhões.
Quando o País registra saldo negativo em transações correntes, existe a necessidade de se cobrir esse deficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no País (IDP), uma vez que os recursos são aplicados no setor produtivo. Em agosto, esses investimentos chegaram a US$ 5,138 bilhões e acumularam US$ 45,542 bilhões, nos oito meses do ano, informou o Banco Central.
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