O nível de emprego na indústria paulista apresentou em agosto. De acordo com pesquisa divulgada nesta segunda (11) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( Fiesp ), o índice registrou queda de 0,11% na comparação com julho, o equivalente à sua quarta retração seguida. O resultado representa o fechamento de 2,5 mil postos de trabalho. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda é ainda maior, ficando em 3,27%.
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No acumulado para janeiro e agosto, no entanto, o saldo de geração de emprego na indústria do estado de São Paulo é positivo, com 5,5 mil novas vagas, o que representa um crescimento de 0,26% em relação a igual período do ano passado. Para o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francin, o resultado indica estabilidade no nível de emprego no setor industrial.
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"A produção industrial mostra recuperação, apesar de ainda não ser vigorosa, é contínua, refletindo na manutenção dos postos de trabalho", diz Francin. Na visão do economista, pode levar um tempo para as empresas voltem a fazer contratações de modo a que o nível de emprego volte a crescer. "A geração de novos empregos é a última variável a reagir. Ainda temos muita capacidade ociosa, o que deve levar as empresas a resistir a novas contratações por um tempo".
Dos 22 setores analisados pelo levantamento da Fiesp, 14 registraram saldo negativo. Outros qustro apresentaram crescimento e quatro ficaram estáveis. A maior expansão na quantidade de empregos foi do setor de alimentos , que gerou 1.060 novas vagas, um crescimento de 0,26% na comparação com julho. No acumulado do ano, o ramo alimentício tem alta de 3,31% no número de postos de trabalho.
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O maior fechamento de vagas na indústria ocorreu no setor de veículos automotores , reboque e carroceria, com corte de 1.171 postos, o equivalente a uma retração de 0,52%. Nos primeiros oito meses de 2017, o ramo acumula redução de 1,18% no nível de emprego. Já o setor de confecção e artigos de vestuário perdeu 708 vagas em agosto (-0,48%). No acumulado do ano, o ramo tem queda de 0,14% no número de postos de trabalho.
* Com informações da Agência Brasil.