Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, foi favorável a decisão de reduzir a taxa Selic
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, foi favorável a decisão de reduzir a taxa Selic


Em relatório enviado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central (BC), a autoridade monetária informou que a decisão foi unânime e informou os motivos que levaram os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) a reduzir a taxa básica de juros – Selic, em 1 ponto percentual na última quarta-feira (6).

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Após a decisão da semana passada, a Selic atualmente é de 8,25 ao ano. No comunicado, o Banco Central informou que um dos motivos foi a melhora da economia brasileira ao longo deste ano. “O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra sinais compatíveis com a recuperação gradual da economia brasileira”.

O controle da inflação, que em 12 meses até agosto é de 2,46% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e  Estatística ( IBGE ), também influenciou a decisão dos membros do Copom. A autoridade informou que o comportamento do indicador permanece favorável e que isso ajudou na decisão de cortar a taxa básica de juros. Vale ressaltar que o mercado financeiro projeta que a inflação feche 2017 abaixo da meta de 4,5%. 

“O  Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros em um ponto percentual, para 8,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária”, informou o BC.

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Novos cortes

O relatório informou que se o cenário mantiver o mesmo patamar até a próxima reunião do Copom, existe a possibilidade de os membros optarem por uma nova redução. O mercado financeiro projeta um  novo corte de 1 ponto percentual na taxa de juros, o que fará a Selic fechar o ano em 7,25%. 

"Não obstante as perspectivas acima, o Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", finalizou o Banco Central. 

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