O resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que apresentou crescimento de 0,2% no segundo trimestre, fez com que o mercado financeiro aumentasse a expectativa quanto ao crescimento econômico ao longo deste ano. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, os economistas acreditam que o PIB terá alta de 0,5% este ano. Na semana passada, a estimativa era de 0,39% de crescimento este ano.
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Para o próximo ano os economistas mantiveram a expectativa de crescimento de 2% no indicador, informou nesta segunda-feira (4) o Banco Central . Já a perspectiva quanto ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, os economistas estimam que ela será menor, ao passar de 3,45% no Boletim Focus da semana passada para 3,38% no dessa semana. Para 2018, a projeção do IPCA foi reduzida de 4,20% para 4,18%.
As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,50%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.
Uma das medidas adotadas pelo BC para controlar a inflação e mantê-la na meta de 3,5% é usar a taxa básica de juros, a Selic. Hoje ela é de 9,25% ao ano, após sucessivas reduções do indicador. Nesta semana existe a possibilidade de uma nova redução da Selic, já que o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá nesta terça-feira (5) e quarta-feira (6) para tratar do indicador.
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Os economistas ouvidos para a análise do Boletim Focus estimam que a Selic seja reduzida em 1 ponto percentual, para 8,25% ao ano. A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 foi mantida em 7,25% ao ano. Para o fim de 2018, permanece em 7,50% ao ano.
Câmbio
Os economistas entrevistados pelo Banco Central estimam que o câmbio , ou seja, a cotação do dólar feche o ano em R$ 3,20. Na semana passada a projeção era de R$ 3,23. Para o próximo ano a perspectiva é que dólar feche o ano cotado em R$ 3,35, sendo que a perspectiva teve queda, já que na segunda-feira passada o mercado projetava câmbio de R$ 3,38.
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