Balanço divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apurou que o Produto Interno Bruto (PIB) teve alta de 0,2% no segundo trimestre de ano, ao se comparar com o primeiro. Já em comparação com o mesmo período de 2016, a alta do indicador foi de 0,3%. Em valores correntes, o crescimento econômico alcançou R$ 1,639 trilhão no País.
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Foi a primeira alta após 12 trimestres consecutivos de queda. O IBGE apontou que a última vez que a taxa de crescimento econômico do Brasil ficou positiva nesta base de comparação foi no primeiro trimestre de 2014, quando cresceu 3,5%.Por mais que o indicador tenha apresentado alta no período, no acumulado dos quatro trimestres anteriores, o PIB apresentou retração na ordem de 1,4%.
No primeiro semestre de 2017, o crescimento econômico apresentou variação nula em relação ao primeiro semestre de 2016, após uma queda de 2,7% em igual semestre de 2016. Dados do IBGE apontam que o setor agropecuário ajudou no resultado positivo, tanto que na comparação com os segundo trimestre de 2016 teve alta superior a 14%.
Setores
Entretanto, na comparação com o primeiro trimestre do ano o indicador do agronegócio não apresentou crescimento, tendo variação nula. O crescimento apurado na comparação anual pode ser explicado pelo bom desempenho de alguns produtos, que tiveram safra com bom desempenho produtivo no segundo trimestre.
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O segmento de serviços também apresentou variação positiva ao crescer 0,6% no período analisado pelo IBGE. Em contrapartida aparece o setor da indústria, que teve queda de 0,5%. Na indústria , houve queda de 2,0% na construção e de 1,3% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. A extrativa mineral variou 0,4% e a indústria de transformação manteve-se praticamente estável (0,1%).
Nos serviços , tiveram resultado positivo: comércio (1,9%), atividades imobiliárias e outros serviços (0,8%) e atividade de transporte, armazenagem e correio (0,6%). Os serviços de informação caíram 2,0% e as atividades de administração, saúde e educação pública (-0,3%) e de intermediação financeira e seguros (-0,2%) registraram variações negativas.
Pela ótica da despesa, o Consumo das Famílias voltou a crescer após nove trimestres, com expansão de 1,4%. Já o Consumo do Governo (-0,9%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (-0,7%) registraram queda. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços registraram variação positiva de 0,5%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços caíram 3,5% em relação ao primeiro trimestre de 2017.
Mesmo com os resultados positivos no segundo trimestre que ajudaram na alta do PIB, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Pali, afirmou ser cedo para dizer que o País saiu da recessão econômica. “Estamos num ciclo ascendente da economia. Mas ainda não dá para chamar de recuperação”.
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