O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o consumo das famílias brasileiros voltou a crescer, após longo período em queda. Ao ter alta de 1,4% no segundo semestre – na comparação com primeiro semestre – interrompeu uma série de nove trimestres de quedas consecutivas no consumo.
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O IBGE sinalizou ainda em balanço divulgado nesta sexta-feira (1º) que no trimestre passado, o indicador havia mostrado estabilidade, tendo se recuperado apenas em abril. Segundo análise da coordenadora de Contas Nacionais do instituto, Rebeca Palis, o crescimento do comércio e do consumo, ajudaram no resultado de crescimento do PIB no segundo trimestre. “O comércio, pelo lado da oferta, e o consumo das famílias, pelo lado da demanda, foram as principais influências para a variação positiva de 0,2% do PIB”, disse ela.
Em nota enviada à imprensa o Ministério do Planejamento ressaltou a contribuição do consumo das famílias brasileiras para o resultado do crescimento econômico. “O principal destaque foi a retomada do consumo das famílias e do setor de serviços, resultante de medidas propostas pelo Governo de aperfeiçoamento de importantes instrumentos econômicos, como a permissão de saques das contas inativas do FGTS, e de destravamento do crédito às famílias, como a redução dos juros do crédito consignado e do cartão de crédito”, enfatizou o Ministério.
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Outros resultados
A alta no consumo das famílias também foi constatada na comparação anual – segundo trimestre de 2017 versus mesmo período de 2016. Nessa comparação a alta foi de 0,7%, após nove meses em queda. Análise do IBGE indica que a recuperação do indicador de consumo das famílias teve influência de indicadores macroeconômicos no período analisado.
Os indicadores que ajudaram no resultado positivo foram: a desaceleração da inflação , redução na taxa básica de juros e o crescimento, em termos reais, da massa salarial dos trabalhadores. No entanto, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE ressalta que é preciso olhar também para as outras comparações, em especial o resultado do primeiro semestre. “No primeiro semestre, o consumo das famílias ainda está em queda, com -0,6%, ainda que menos intensa do que nos trimestres anteriores”.
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