Cerca de 10 mil funcionários temporários serão contratados pelo comércio lojista do Rio de Janeiro para o período das festas de final de ano e para o verão, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio). Isso representa uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contratados 12 mil pessoas.
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A sondagem foi sobre a contratação de temporários é realizada entre os dias 21 e 25 deste mês com 500 empresas. As companhias eram dos setores de confecção e moda infantil, calçados, joias e bijuterias, óticas, eletroeletrônicos, papelarias, móveis e brinquedos
Segundo o presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, a expectativa neste ano é menor porque o comércio ainda está vivendo um período difícil, “especialmente no Rio de Janeiro, que está muito pior do que no restante do Brasil”.
Gonçalves cita, além do desemprego, a situação dos funcionários públicos fluminenses que estão com salários atrasados e não receberam ainda o décimo terceiro de 2016, o que afeta de modo significativo o comércio. “Porque não estão recebendo e não podem comprar, não podem consumir”. A isso se somam outros fatores negativos, entre os quais a desordem urbana causada pelo comércio informal nas ruas, a violência e a insegurança: “Tudo isso tem afetado muito o Rio de Janeiro”.
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Primeiro emprego
Ainda segundo o levantamento, 36% das empresas entrevistadas pretendem contratar funcionários para o fim de ano e o verão; 50% estão indecisos; 10% não contratarão e 4% pensam em pagar horas extras aos empregados efetivos, caso isso seja necessário. As contratações deverão começar em outubro, para 5% dos consultados; em novembro, para 61% das empresas ; e em dezembro, para 34%.
Entre as vagas temporárias, 60% são para primeiro emprego, com f uncionários de faixa etária entre 18 e 35 anos. Gonçalves explicou que o comércio é o setor que mais contrata para o primeiro emprego. “As pessoas, quando querem começar a trabalhar, vão procurar emprego no comércio, porque é mais fácil, não exige experiência nem muita qualificação ainda. Para a grande maioria, o comércio significa a oportunidade do primeiro emprego”.
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Cerca de 19% dos empresários entrevistados manifestaram a intenção de efetivar os empregados após o período de festas, contra 38% que não têm essa intenção. Para o restante (43%), a efetivação dos temporários vai depender do movimento das vendas e dos indicadores de recuperação da economia.