FGV: confiança da indústria avança em agosto e atinge 92,2 pontos

O aumento na confiança foi percebido em 11 dos 19 segmentos industriais, devido à melhora das percepções acerca da situação atual e das expectativas

FGV aponta recuo de 0,6 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) em agosto
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FGV aponta recuo de 0,6 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) em agosto

O Instituto Brasileiro de Economia da fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta terça-feira (29) um avanço de 1,4 ponto no Índice de Confiança da Indústria (ICI) em agosto. Com o acréscimo, o índice atingiu 92,2 pontos, praticamente retornando ao nível de 92,3 pontos registrado em maio.

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“A boa notícia da Sondagem de agosto de 2017 é que as avaliações das empresas sobre a situação atual começam a melhorar de forma consistente e atingem o melhor resultado desde o início da crise, em 2014. As expectativas também se recuperam do susto com o  aprofundamento da crise política em maio, mas calibradas para baixo”, explicou a coordenadora da Sondagem da Indústria do Ibre/ FGV , Tabi Thuler Santos.

Avaliações

O aumento na confiança foi percebido em 11 dos 19 segmentos industriais, devido à melhora das percepções acerca da situação atual e das expectativas. O Índice da Situação Atual (ISA) apresentou alta de 1,6 ponto, ao passar para 90 pontos – o maior resultado desde 2014. Já o Índice de Expectativas subiu 1 ponto, passando para 94,4 pontos. Mesmo somados, os acréscimos do IE não foram o suficiente para recuperar a perda de 3,6 pontos de junho.

A melhora na percepção sobre o nível de estoques foi apontada como a maior contribuição para o bom desempenho do ISA. A parcela de empresas que avaliaram os estoques como excessivos decresceu de 12,1% em julho, para 10,8% do total – menor taxa desde os 9,1% de fevereiro de 2014.

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Houve também uma alta na parcela de empresas que consideram o nível de estoques insuficientes, indo de 3,3% para 3,6% do total na passagem de julho para agosto. Entretanto, apesar do bom resultado mensal, a combinação das parcelas mostra que, após a piora consecutiva de quatro meses, as entidades permanecem com estoques industriais indesejados.

As melhores perspectivas para a produção nos três meses seguintes obtiveram a contribuição positiva mais acentuada do mês, dentre os componentes do IE. Houve alta na proporção de empresas que preveem uma maior produção, de 29,1% para 34,2%. Além do aumento daquelas que preveem menor produção, indo de 17,7% para 20,2%.

Desse modo, o indicador de produção prevista subiu 2,9 pontos, para 96,3 pontos, o que foi considerado insuficiente para compensar a queda de 5,6 pontos no bimestre junho/julho. Por outro lado, a FGV apontou um recuo de 0,6 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) em agosto, para 74,1% - nível próximo ao de junho e inferior à média de 74,5% no ano.

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