Volume de vendas do varejo paulista tem saldo positivo após 30 meses
Volume de vendas teve alta de 0,8% em junho na comparação com o mês anterior; no acumulado dos primeiros seis meses do ano, saldo foi de 0,3%
Por Brasil Econômico | * |
Com um crescimento de 0,8% em junho, o volume de vendas do varejo no Estado de São Paulo teve um saldo positivo após 30 meses. Na pesquisa feita pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também foi registrado um crescimento de 0,3% no primeiro semestre de 2017 em comparação com o mesmo período do ano passado.
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“As quedas vinham diminuindo mês a mês e o varejo paulista chegou à estabilidade, confirmando a recuperação do setor. A direção está apontada para crescimentos mais vigorosos no último quadrimestre do ano, com a continuidade da queda dos juros, a diminuição do desemprego e a recomposição do poder aquisitivo das famílias”, afirmou o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti.
O estudo é realizado com base nos dados do varejo ampliado, que inclui concessionárias de veículos e lojas de material de construção. Também entram no levantamento os setores de autopeças e acessórios, farmácias e perfumarias, lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, lojas de móveis e decorações, lojas de vestuário, tecidos e calçados, outros tipos de comércio varejista e supermercados.
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Ainda de acordo com Burti, quatro fatores contribuíram para a melhora do comércio varejista em São Paulo: a recomposição da renda em decorrência da redução da inflação; a queda dos juros, proporcionando prazos de financiamento mais extensos; a aplicação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) inativo no comércio e a menor base de comparação de 2016.
Segundo o levantamento, na comparação com junho do ano passado, quatro das nove atividades registraram elevação no volume de vendas, sendo que o maior crescimento foi observado no setor de lojas de departamentos, eletrodomésticos e eletroeletrônicos (21,9%); seguido por móveis e decorações (10,2%); concessionárias de veículos (7,7%) e autopeças e acessórios (6,7%).
Na contamão disso, registraram taxas negativas as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,9%); outros tipos de comércio varejista (-6,5%); lojas de material de construção (-3,1%); supermercados (-0,7%) e farmácias e perfumarias (-0,4%).
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Das 16 regiões avaliadas pelo levantamento em junho, dez tiveram aumento nas vendas do varejo quando comparadas a junho de 2016, com destaque para Jundiaí (8,3%), Campinas (5,7%) e Araçatuba (4,6%). Quando analisadas as vendas no primeiro semestre, as maiores altas foram em Jundiaí (6,9%), Sorocaba/Vale do Paranapanema (4,3%) e Ribeirão Preto/Baixa Mogiana/Franca (3,7%).
*Com informações da Agência Brasil