O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta segunda-feira (28) um avanço de 1,5 ponto no Índice de Confiança da Construção (ICST) em agosto. Com o acréscimo, o índice passou para 76,1 pontos, levando em consideração os dados dessazonalizados. Após a terceira alta seguida, houve ganho de 4,1 pontos no ano.
Leia também: Com novo modelo para o setor elétrico, conta de luz pode ficar 16,7% mais cara
“O aumento da confiança pelo terceiro mês consecutivo pode, finalmente, apontar o início da retomada da atividade da construção. A análise da evolução da confiança nos diversos segmentos, no entanto, aponta falta de regularidade na melhora. A cada mês, o aumento da confiança é motivado por um ou mais segmentos diferentes, indicando que, por enquanto, nenhuma área registra um movimento consistente de crescimento.”, afirmou a coordenadora de projetos da construção do Ibre/ FGV , Ana Maria Castelo.
Outros índices
O resultado mensal foi influenciado, principalmente pelas expectativas em relação aos meses seguintes, o que foi evidenciado pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que cresceu 2,3 pontos, alcançando 87,4 pontos. Entre os indicadores que pertencem ao sub-índice, vale mencionar o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, com alta de 3 pontos, passando para 89,8 pontos.
Você viu?
Leia também: Justiça obriga Itaipava a indenizar empregado que sofria ameaça para bater metas
O Índice da Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,7 ponto, para 65,1 pontos. Já a percepção das empresas acerca da situação atual da carteira de contratos, com avanço de 0,8 ponto, para 62,7 pontos, foi o sub-índice que mais contribuiu para o resultado. O ISA permaneceu com crescimento lento e está somente 1,3 ponto acima do nível de dezembro do ano passado.
NUCI
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor registrou a segunda alta consecutiva em agosto, com mais 0,3 ponto percentual, atingindo 62,1%. No mês anterior, depois de 33 meses, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apresentou o primeiro saldo líquido positivo de contratação pelas empresas de construção.
De acordo com a FGV, os números da sondagem não permitiram um maior otimismo em relação ao mercado de trabalho do setor de construção. Neste mês, a diferença entre as empresas que preveem crescimento do quadro de pessoal nos três meses seguintes e as que projetam queda ainda está em 18 pontos percentuais. Com isso, o NUCI da Mão de Obra vem se mantendo em níveis baixos.
Leia também: Tesouro Direto registra recorde e supera marca de 1,5 milhão de investidores