O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (23) a variação de 0,35% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 ( IPCA-15 ) em agosto. O resultado foi considerado o segundo maior do ano, ficando atrás somente da taxa de 0,54% de fevereiro e bem acima do recuo de 0,18% de julho.
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Com isso, o IBGE apontou taxa de 1,79% no ano, considerada a menor variação acumulada até agosto desde a implantação do Plano Real. No mesmo período do ano passado, o resultado ficou em 5,66%. Levando em consideração os últimos 12 meses, o índice caiu para 2,68%, também destacada como a menor variação acumulada deste tipo desde os 2,64% de março de 1999. Em agosto de 2016, a taxa foi de 0,45%.
Grupos
Os grupos transportes, com 1,35% e habitação, com 1,01% registraram os maiores impactos para o resultado mensal do índice, com 0,24 e 0,15 ponto percentual, respectivamente. O grupo de combustíveis, integrado a transportes, apresentou taxa de 5,96%, sendo destacado como a principal contribuição individual, com 0,28 ponto percentual. Isso foi impulsionado pelo preço da gasolina, que ficou 6,43% mais cara e do etanol, com aumento de 5,36%.
Além disso, também houve a apropriação da parcela - ainda não incorporada -relativa ao reajuste de 16,61% nas passagens dos ônibus intermunicipais da região metropolitana de Belém. No grupo habitação, a energia elétrica, com 4,27%, contribuiu em razão da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha no primeiro dia de agosto, com a cobrança adicional de R$ 0,03 a cada quilowatt-hora (kwh) consumido.
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Por outro lado, houve queda de 15% nas passagens aéreas, recuo de 0,65% em alimentação e bebidas – responsável por 25% na despesa das famílias e pelo impacto negativo mais intenso do mês, com -0,16 ponto percentual. Este é o terceiro mês consecutivo que o grupo varia negativamente na média geral de preços.
Os alimentos para consumo em casa foram barateados em 1,17%. O preço da maioria dos produtos caiu de julho para agosto, com destaque para o feijão-carioca, com retração de 13,89% e batata-inglesa, com queda de 13,06%. Leite longa vida, frutas e carnes também tiveram seus preços diminuídos em respectivamente, 3,86%, 2,43% e 1,37%.
Em contrapartida, houveram altas acentuadas nos preços da cebola, com 14,28% e do tomate, com 14,03%. Em relação à alimentação fora de casa, a variação média foi de 0,32%, com queda de 0,99%, como a de Belém e alta de 1,63%, como a da região metropolitana de Salvador.
Índices regionais
Nos índices regionais, o IBGE mostrou resultados negativos nas regiões metropolitanas de Fortaleza, com baixa de 0,02% e do Rio de Janeiro, com queda de 0,16%. No RJ, a retração foi influenciada pelas carnes, que decresceram 5,85% e pelas passagens aéreas, que ficaram 18,95% mais baratas. Já a região metropolitana de Salvador apresentou alta de 0,59%, evidenciando a elevação de 13,28% nos combustíveis, com aumento de 15,67% nos preços da gasolina e de 8,24% nos do etanol.
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