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A Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (Pesp Serviços) divulgada nesta segunda-feira (21), revelou que em junho foram perdidos 2.468 postos de trabalhos no setor de serviços em São Paulo. O resultado do crescimento do desemprego é uma baixa após quatro meses de alta no mercado de trabalho formal , de 169.922 admissões contra 172.390 desligamentos.

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Esperança contra o desemprego: embora o índice mensal do balanço seja de baixa, o acumulado do ano aponta para certa recuperação do setor
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Esperança contra o desemprego: embora o índice mensal do balanço seja de baixa, o acumulado do ano aponta para certa recuperação do setor

Embora o índice mensal do balanço elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo ( FecomercioSP ) aponte para uma baixa, quando se trata dos números do acumulado do ano, 42.981 postos de trabalho foram criados, o que aponta para certa recuperação do setor após o pior primeiro semestre de desemprego desde 2007.

Em relação aos últimos 12 meses, o saldo também é negativo e repete ao do período anterior, com retração de 0,7%.

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Utilizando dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Fecomercio-SP concluiu que das 12 atividades apuradas, apenas os serviços médicos, odontológicos e serviços sociais tiveram alta no estoque de empregos, com crescimento de 2,2% em comparação com junho de 2016.

Por outro lado, transporte e armazenagem; artes, cultura e esportes; financeiras e de seguros tiveram respectivos destaques negativos, 3,1%, 1,8% e 1,7%.

Setor atacadista e do varejo apresentam estabilidade e retração, respectivamente. Já a área de serviços paulista cresceu em quase 43 mil vagas no primeiro semestre de 2017, cerca de 10 mil vagas a mais do que o mesmo período de 2016. Em relação às ocupações, os professores de ensino superior lideraram a perda de empregos, com 3.132 vagas encerradas no período.

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Ponto de vista

A Fecomercio-SP explica que o resultado negativo é algo residual “até porque essa variação do estoque de trabalhadores ativos é de apenas menos 0,034% em relação a maior e foi puxado principalmente pelo movimento sazonal de maiores desligamentos nos serviços educacionais devido ao fim do primeiro semestre letivo”.

Além disso, a entidade se mostra otimista com o futuro. “Daqui para frente, com inflação mais baixa, juros em queda e mais otimismo dos agentes, há expectativa de se retornar a ter mais admissões que desligamentos”.

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São Paulo capital

Se no estado os resultados não foram satisfatórios, na capital, 1.738 empregos formais foram gerados, uma vez que houve 76.539 admissões ante 74.801 desligamentos.

No acumulado dos primeiros seis meses, a conta também fecha com saldo positivo de 16.960 empregos. Enquanto que na somatória dos últimos 12 meses houve baixa de 0,5% do estoque total de trabalhadores, que atingiu 3.482.756 de empregos.

Um dado curioso, é que oito das 12 atividades apuradas tiveram retração de postos de trabalho no mês. Sendo que educação; transporte e armazenagem; e outras atividades tiveram as respectivas piores taxas, 2.006, 489 e 152.

Já os serviços de alojamento e alimentação tiveram o melhor desenvolvimento, com alta de 1.955 vagas. Médicos, e odontológicos e serviços sociais; e profissionais, científicas e técnicas vieram logo em seguida no ranking, com 1.411 e 1.059.

No último dia 28 de julho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que ainda há 13,5 milhões de pessoas em situação de desemprego no País. O resultado, ainda que ruim, representa que 690 mil pessoas saíram dessa situação com o trimestre anterior.


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