Varejo físico precisa reinventar alguns modelos de trabalho para não perder espaço para o e-commerce
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Varejo físico precisa reinventar alguns modelos de trabalho para não perder espaço para o e-commerce

O e-commerce brasileiro deve registrar um crescimento de até 15% e faturar perto de R$ 50 bilhões em 2017, de acordo com projeções do Ebit. Ainda que, em uma avaliação do varejo nacional, as vendas pela internet estejam longe de representar 10% do total movimentado, é impossível negar que o comércio virtual mudou em definitivo a forma como se compra e vende mercadorias e deve mudar ainda mais no futuro.

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É nisso que acredita Claudio Correra, sócio-fundador da MPP Marketing, consultoria de inovação em negócios com 30 anos de experiência. “Nunca foi tão urgente analisar o comportamento do consumidor e investir para que ele tenha uma experiência agradável. Na maior parte dos casos, ele poderia comprar pela internet, então, se decidiu sair de casa, é obrigação da marca garantir que seja inesquecível”, diz. Pensando nisso, o especialista lisotu quatro preocupações para que o varejo físico se mantenha relevante na era do e-commerce:

1) Entender o consumidor

Para o comércio tradicional, é indispensável levar a facilidade com que o mundo eletrônica conversa com a indústria e gera informações que permitem aprimorar produtos. “O e-commerce tem acesso direto aos dados de consumo dos clientes. A tendência é que as lojas físicas comecem a fazer isso também, com dispositivos que fazem o foot tracking e permitem entender e analisar o caminho que os consumidores fazem dentro de uma loja”, explica

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“Num futuro próximo, os PDVs farão sugestões de produtos para seus clientes de maneira semelhante à que a internet mostra anúncios segmentados. Para isso, também serão utilizadas etiquetas RFID, espelhos inteligentes, apps sincronizados, cadastro universal, entre outras estratégias”, continua.

2) Proporcionar experiências

O futuro do comércio físico é oferecer experiências relevantes. Dessa forma, lojas segmentadas se tornam hubs de encontro para consumidores de determinados nichos, pop-up stores oferecem coleções exclusivas e experimentação de produtos, e shoppings podem ser reconfigurados para acentuar ainda mais o seu atrativo como destino de lazer, com o comércio como complemento.

3) Ter canais que se complementam

É importante que todos os canais de venda estejam conectados e se complementem, com a possibilidade de trocas nas unidades físicas de compras feitas no e-commerce , por exemplo, ou a implementação de conceitos como “click and collect” e “pick-up in store”, que permitem recolher na loja uma mercadoria adquirida na internet.

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4) Usar a tecnologia como apoio

A tecnologia é uma ferramenta que deve ser utilizada para potencializar o elemento humano central do varejo, e não substituí-lo. Inovações devem ajudar os vendedores e gerentes no dia a dia. O essencial, no entanto, é ter apenas o suficiente para incentivar os clientes a olharem, tocarem, experimentarem e comprarem mais. “A tecnologia deve ser um facilitador e nunca uma distração da experiência da loja física”, finaliza Correra.

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