A agência de classificação de risco Moody’s afirmou nesta quarta-feira (16) que a medida do Brasil de aumentar a meta fiscal de 2017 e 2018 não vai impactar, no curto prazo, a classificação do País.
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No final da tarde de terça-feira a equipe econômica de Michel Temer aumentou a previsão do deficit primária de R$ 139 bilhões este ano para R$ 159 bilhões, sendo o mesmo valor estimado para 2018. Por meio de nota, a Moody’s , informou que neste momento a nota brasileira não terá impacto desta medidas, porém advertiu risco de a dívida pública explodir nos próximos anos caso o governo não consiga avançar na aprovação de reformas estruturais.
“A magnitude da revisão em 2017 não afeta materialmente nosso cenário-base”, escreveu a analista sênior para ratings soberanos da agência de risco, Samar Maziad. Após o anuncio da revisão, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pediu cautelas das agências de risco com a nota do País.
Ainda segundo a análise de Samar Maziad, o aumento do deficit primário para o próximo ano vai retardar o controle do governo sobre a dívida pública . Entretanto, considerou que o principal perigo é a não aprovação de reformas como a da Previdência Social.
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“Nossas projeções incorporavam um deficit fiscal primário de 2,4% do Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país] em 2017, mas nossa estimativa para 2018 era de um deficit fiscal de 1,7% do PIB. Uma trajetória mais lenta de consolidação fiscal em 2018-2020 é um desdobramento negativo de crédito”, destacou a analista da agência.
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Repercussão
Após o anúncio do governo no final da tarde da terça-feira (15), a agência Standard & Poor’s (S&P) retirou a perspectiva negativa da nota de crédito do Brasil logo após o anúncio da mudança da meta. Em comunicado, a agência informou que o cenário político melhorou após a rejeição, pela Câmara dos Deputados, da denúncia contra o presidente Michel Temer e que o governo conseguiu aprovar a Reforma Trabalhista .
Para finalizar, a analista da Moody’s explicou que o que deixaria a agência mais confortável e sejm afetar a nota do País seria a aprovação da Reforma da Previdência. “Se aprovada, a reforma da Previdência reduzirá o crescimento das despesas do governo, contribuindo para a restauração da sustentabilidade fiscal e para contenção do aumento da dívida pública”, concluiu ela.
*Com informações da Agência Brasil
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