Standard & Poor's comunicou que retirou a nota de crédito soberano do Brasil do status de observação com perspectiva negativa
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Standard & Poor's comunicou que retirou a nota de crédito soberano do Brasil do status de observação com perspectiva negativa

A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) anunciou, na noite desta terça-feira (15), que retirou a nota de crédito soberano do Brasil do status de observação com perspectiva negativa (CreditWatch). O comunicado acontece poucas horas depois do governo alterar a nova meta fiscal para os anos de 2017 e 2018 .

No entanto, apesar da alteração, a agência de risco S&P manteve a classificação do Brasil em BB, dois patamares abaixo do grau de investimento, por conta dos desafios políticos ainda existentes.

A agência explicou que a perspectiva negativa reflete o risco de uma decaída nos próximos seis a nove meses, devido ao alto e crescente fardo da dívida do País, se o Congresso não avançar na legislação para reduzir a rigidez fiscal da nação.

Segundo a Standard & Poor's, desde que a classificação do País foi colocada em observação com implicações negativas, em maio, o cenário político está um pouco mais resolvido, especialmente pela rejeição pela Câmara dos Deputados do pedido de denúncia contra o presidente Michel Temer.

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Além disso, a agência ressalta a aprovação da reforma trabalhista e que o governo continua empenhado em aprovar a reforma da Previdência, “contendo o crescimento da despesa para minimizar o desvio de seus objetivos fiscais primários e avançar sua ativa agenda de reforma microeconômica”.

Nova meta fiscal

Depois de afirmar que o anúncio da nova meta fiscal para os anos de 2017 e 2018 seria realizado nesta quarta-feira (16), o governo decidiu antecipar a divulgação dos números para esta terça-feira (15). Com a mudança, a nova projeção para os dois anos ficou em R$ 159 bilhões. As informações foram divulgadas pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Com a alteração, a meta fiscal do Brasil para 2017 prevê um deficit primário R$ 20 bilhões acima dos R$ 139 bilhões que estavam previstos para este ano. Para 2018, a alta foi de R$ 30 bilhões ao considerar a meta inicial de deficit de R$ 129 bilhões.

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* Com informações da Agência Brasil.

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