Após encontro com deputados da base governista e com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi decidido que a nova meta fiscal será anunciada na quarta-feira (16). A informação foi dada pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao enfatizar que o valor de R$ 170 bilhões para o deficit primário não é real.
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“Não vemos a necessidade de chegar a esses números como se tem mencionado, sendo esses números de R$ 175 (2017) e R$ 170 (2008). Mas não temos o número definido ainda", disse o ministro à jornalistas que o esperavam na porta da residência do presidente da Câmara dos Deputados após café da manhã em que se discutiu a nova meta fiscal .
Desde a última quinta-feira (10) existe expectativa quanto à alteração da meta para este ano. Com a queda na arrecadação, o governo tem tentado remanejar as contas para manter a meta em R$ 139 bilhões este ano, como estipulado anteriormente, e R$ 129 bilhões em 2018.
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A meta fiscal, que está gerando desacordo entre a equipe do governo, e expectativa em todo o mercado nada mais é que a autorização do Congresso para que suas despesas superem a arrecadação com impostos e contribuições.
Quando questionado sobre um novo aumento de impostos , assim como o anunciado aos combustíveis no final de julho, o ministro da Fazenda informou que essa medida está descartada, além de reafirmar que não há espaço para aumento das despesas ou gastos que não foram orçados anteriormente.
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Cenário político
A reunião de Henrique Meirelles com Rodrigo Maia ocorre em meio à tentativa do governo de encontrar opções para aumentar a arrecadação e conter o aumento da dívida pública. A equipe econômica do governo quer que os parlamentares aprovem as medidas provisórias elaboradas com o foco na recuperação do quadro econômico do País.
Entre as medidas prioritárias para controlar os gastos públicos e evitar uma mudança drástica na meta fiscal estão a que cria a nova Taxa de Longo Prazo (TLP) para empréstimos contraídos junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a medida provisória do Refis, que permite empresas endividadas com a Receita Federal refinanciarem seus débitos, e a da reoneração da folha de pagamento de alguns setores da indústria.
*Com informações da Agência Brasil
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