Segundo o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, os últimos indicadores apontam para a estabilização do cenário econômico, além de dar sequência ao processo de recuperação econômica no Brasil. A afirmação foi feita durante a participação de Goldfajn em evento na capital paulista nesta sexta-feira (11).
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“Após dois anos de recessão, os dados recentes parecem confirmar o cenário base que trabalhamos aqui no Banco Central : estabilizou, a recessão ficou para trás e há perspectivas de uma recuperação gradual ao longo dos próximos meses”, disse o presidente.
Segundo o presidente do BC, a alta no índice de emprego por quatro meses consecutivos, é um dos indicadores nessa melhora no cenário econômico brasileiro. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) apontam que 13% dos brasileiros economicamente ativos estão desempregados atualmente.
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Outro bom resultado mencionado por Goldfajn, foi em relação a produção industrial. “Tivemos dois trimestres consecutivos de crescimento, o que não ocorria desde 2014”, enfatizou. O presidente da autoridade monetária afirmou também que existe a tendência da continuidade da redução da taxa básica de juros – Selic. “É claro que está caindo de uma forma gradual, e eu acho que isso vai continuar ao longo dos próximos meses. Há uma defasagem natural entre a queda da taxa básica e a queda das taxas bancárias”, ressaltou ele.
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Outras análises
Na última reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ), em julho, a taxa básica de juros foi reduzida em 1 ponto percentual, ficando em 9,25% ao ano. Com o corte, a Selic chegou ao menor nível desde outubro de 2013, quando estava em 9% ao ano. Esta é a primeira vez que os juros básicos da economia retornam a um dígito em quase quatro anos.
Goldfajn aproveitou o espaço para defender a proposta do governo federal de criar mais uma taxa para os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com o nome de Taxa de Longo Prazo (TLP) e criada por meio da medida provisória 777, ainda está em analise no Congresso .
A ideia é aproximar os juros do banco, que são subsidiados, aos valores de mercado, diminuindo os aportes do Tesouro Nacional para custear os financiamentos da instituição. “A nossa taxa de juros estrutural da economia vai ser menor. Portanto, vamos democratizar os juros baixos no Brasil”, enfatizou o presidente do Banco Central.
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