A entrada em vigor da bandeira amarela em contas de luz no início do mês de julho foi o principal fator para que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período ficasse em 0,24%. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a energia elétrica ficou 6% mais cara na média nacional.
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A mudança da bandeira causou aos consumidores um custo adicional de R$ 2 por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. De acordo com o levantamento, a taxa para a energia elétrica contribuiu com 0,20 ponto percentual na inflação de julho. Além da mudança na cor da bandeira, o resultado foi influenciado pelo aumento do PIS/Cofins e por reajustas da energia elétrica em Curitiba (7,09%) e em uma das concessionárias de São Paulo.
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O preco da energia elétrica apresentou as maiores variações em Curitiba (9,33%), São Paulo (8,54%) e Belo Horizonte (8,01%). Por outro lado, Brasília (0,83%), Campo Grande (1,67%) e Rio de Janeiro (2,77%) tiveram as menores elevações. De acordo com o gerente de Índice de Preços, Fernando Gonçalves, outros setores levaram a uma alta dos preços no mês passado.
Entre eles, está o grupo de combustíveis (0,92%), influenciado principalmente pela alta no preço do litro do etanol (0,73%) e da gasolina (1,06%). "Durante o mês de julho, houve diversos aumentos e reduções nos preços da gasolina na refinaria devido a liminares na Justiça", lembra Oliveira.
O governo anunciou no dia 20 de julho a elevação das alíquotas de PIS/Cofins sobre gasolina, diesel e etanol com o objetivo de cumprir a meta fiscal prevista para 2017. No entanto, a decisão sofreu uma série de barreiras na Justiça, após ser autorizada em 2ª instância no início de agosto.
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Ainda de acordo com o levantamento sobre a inflação, o grupo de alimentação e bebidas (-0,47%) pressionou para baixo os preços para o consumidor no mês de julho. A categoria foi influenciada, principalmente, pela queda dos preçøs de produtos como batata inglesa (-22,73%), leite longa vida (-3,22), frutas (-2,35%) e carnes (-1,06%).
* Com informações da Agência Brasil.