Depois de um encontro com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles , o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou ser contra qualquer aumento de impostos no Brasil. A reunião aconteceu na manhã desta terça-feira no escritório da presidência da República na Avenida Paulista, em São Paulo.
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“Estava preocupado com algumas notícias que vi na imprensa sobre possíveis aumentos de imposto para o ano que vem e queria reiterar ao ministro nossa posição radical contra qualquer aumento de impostos , inclusive o sindical. Somos completamente contrários a qualquer MP [medida provisória] que traga nova contribuição sindical ou imposto sindical”, disse Skaf a jornalistas depois do encontro com Meirelles.
Em relação ao imposto sindical, que foi extinto com a reforma trabalhista, Skaf disse que o ministro acenou estar “completamente de acordo” com a Fiesp. “Pelo que o ministro falou, não há intenção nenhuma de retomar”, explicou.
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No que diz respeito à possibilidade de aumento da alíquota do Imposto de Renda (IR), Skaf disse não ter conversado sobre o assunto com o ministro, mas criticou a proposta. “Qualquer aumento de imposto é aumento de imposto. Ele [Meirelles] me garantiu que não terá aumento. Imposto de Renda é imposto também", afirmou.
De acordo com Paulo Skaf, a alternativa para o governo cumprir a meta fiscal, sem aumentar tributos, seria a de “cortar gastos e despesas, evitar o desperdício e buscar a eficiência”. “O que precisam os técnicos do Ministério da Fazenda e do Planejamento é buscar mais eficiência, cortar desperdício e gastos e não pensar em aumento de impostos Outra coisa muito importante seria estimular a retomada do crescimento do país. Com a retomada do crescimento você tem a diminuição do desemprego, que é muito importante para o país”, disse.
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Além dos impostos, ele e o ministro conversaram também sobre a TJLP (taxa de juros de longo prazo) e a criação de uma nova taxa, a TLP (taxa de longo prazo): “Deixei claro para o ministro que me parece inoportuno nesse momento essa discussão”.
*Com informações da Agência Brasil