A Alphabet , empresa responsável pelo Google, anunciou nesta segunda-feira (7) a demissão do engenheiro de software James Damore após a polêmica sexista com que se envolveu no último fim de semana. O funcionário publicou um memorando para os funcionários da companhia em que afirmava que diferenças biológicas contribuem para não haver mulheres em posições de destaque nas empresas.
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De acordo com a mídia dos Estados Unidos, Damore "violou o Código de Conduta" da empresa por "promover estereótipos de gênero", mas o Google não quis fazer comentários públicos sobre a demissão. Em sua carta aos funcionários, o engenheiro causou polêmica ao afirmar que "as opções e as capacidades de homens e mulheres divergem, em grande parte devido a causas biológicas, e estas diferenças podem explicar por que não existe uma representação igual de mulheres na liderança".
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Segundo ele, as mulheres "preferem trabalhos em áreas sociais e artísticas"e os homens "se interessam por programação de computadores". Após a publicação do material, a diretora de diversidade da empresa, Danielle Brown, afirmou que o documento "não representa o ponto de vista que ela ou a companhia aprovam, promovem e incentivam" e que a "diversidade e a inclusão são parte fundamental de nossos valores".
Recentemente, uma série de casos de denúncias contra empresas do Vale do Silício, o pólo de tecnologia mais importante dos Estados Unidos, tem sido revelados. Em vários deles, mulheres afirmam que em algumas empresas há uma "cultura do assédio". Este foi um dos motivos para que o CEO do Uber, Travis Kalanick, e dois dos investidores mais conhecidos da região, Justin Caldbeck e Dave McLure, se afastassem de suas funções.
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Eles foram criticados por terem assediado ou não ajudarem a combater o assédio contra mulheres que trabalham com tecnologia. Atualmente, quase 70% dos funcionários do Google são homens. O índice aumenta para 80% quando somente a área de desenvolvimento de tecnologias da empresa é levada em consideração.
* Com informações da Ansa.