Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que as modalidades de crédito mais contratadas pelos consumidores brasileiros são: cartão de crédito, com 61%, cartão de loja, com 40% e crediário/carnê, com 26%. Entre os que tomaram empréstimo consignado, 76% solicitaram a instituição financeira.
Leia também: IBM desafia percepções apocalípticas acerca da Inteligência Artificial
Financiamento, empréstimo pessoal, crediários e cheque pré-datado foram opções usadas por 71%, 69%, 48% e 48%, respectivamente. Por outro lado, o cartão de loja, com 50% e o cartão de débito, com 42%, foram adquiridos após a oferta da empresa. “O consumidor deve desconfiar de todas as formas fáceis de crédito, inclusive os pré-aprovados, pois quanto mais fácil for o acesso, mais altos tendem a ser os juros cobrados nas operações. A princípio tudo parece simples e sem custo, mas uma hora a conta chega para pagar”, afirma o educador financeiro do SPC Brasil , José Vignoli.
Avaliações e armadilhas
Os empréstimos, mesmo que mais baratos que o cartão de crédito e o cheque especial, possuem taxas de juros que podem endividar o consumidor. De acordo com a pesquisa, o empréstimo pessoal é a modalidade que mais deixa os brasileiros com o nome sujo.
Você viu?
Cerca de 23% que tomaram empréstimos pessoais em financeiras, alegaram estar com o nome sujo por conta do serviço. Em seguida, aparecem o financiamento, com 14% e os gastos com crediário e carnê, com 13%.
Leia também: Cachorro pede indenização de 400 euros após atraso de seis horas em voo
Em relação a aqueles que recebem propostas de aumento do limite ou de crédito extra, 36% levam em consideração o orçamento na hora de avaliar o serviço ofertado, porém 24% não chegam nem a conferi-la. Segundo as respostas de 17% dos entrevistados, a não análise da proposta ocorre por terem ciência de que o orçamento não permitirá.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, alega que a facilidade na obtenção de crédito pode conter diversas armadilhas que podem tornar as dívidas mais difíceis de serem pagas. “Às vezes, o consumidor se vê diante de imprevistos e precisa recorrer ao mercado de crédito. O ideal, sempre, é que se constitua reserva financeira para esses momentos. Mas, se não for o caso, é preciso analisar as taxas de juros e ver se as parcelas caberão no bolso. Caso contrário, poderá ter problemas depois. Independentemente da oferta das instituições ser boa, vale considerar as condições e reais necessidades de contratar o crédito”, conclui.
Leia também: Conheça Paulo Zahr, o dentista "Casas Bahia" que inovou no modelo de negócios