Henrique Meirelles fala que governo trabalha para aprovar Reforma da Previdência

Segundo o ministro da Fazenda, a aprovação deve ocorrer até o mês de outubro e que Reforma Tributária deve ser votada em novembro; veja mais

Em participação no encontro de investidores estrangeiros em São Paulo nesta quinta-feira (3), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a perspectiva do governo federal é ter aprovada a Reforma da Previdência até o mês de outubro. Segundo o ministro, o resultado da votação que livrou o presidente Michel Temer de ser investigado, não refletirá na votação da proposta.

Leia também: Medo do desemprego entre brasileiros aumenta em julho, diz CNI

Henrique Meirelles afirma que votação favorável a Michel Temer não vai atrapalhar aprovação da Reforma da Previdência
Foto: Beto Barata/PR - 13.7.17
Henrique Meirelles afirma que votação favorável a Michel Temer não vai atrapalhar aprovação da Reforma da Previdência


 “Não é simplesmente quem é contra ou a favor do governo. Vai além disso. Acreditamos na viabilidade da aprovação”, apontou Henrique Meirelles. O ministro destacou que a aprovação das reformas demandará trabalho intenso. “Não é uma coisa trivial”, disse ele à jornalistas.

O ministro afirmou ainda que a reforma tributária, em sua avaliação, pode ser votada até o mês de novembro. “Estamos trabalhando duro na reforma tributária e ela vai ser apresentada ao Congresso num próximo momento.” Ele não descartou a possibilidade de inverter a ordem de votação entre as reformas prioritárias para o governo. “Se até lá a Previdência não tiver sido votada, [a tributária pode passar na frente].”

Você viu?

Meta fiscal pode mudar

Questionado sobre uma possível mudança na meta fiscal deste ano, uma vez que a arrecadação teve queda e isso impacta no resultado, Meirelles afirmou que o governo está analisando as razões que levaram a queda na arrecadação.  “A princípio a meta é R$ 139 bilhões. Nosso compromisso, nosso objetivo é cumprir a meta”, afirmou.

Leia também:Aplicativo colaborativo ajuda consumidor à economizar na hora da compra, confira

Ele afirmou que um dos motivos pode estar diretamente relacionado com a inflação . “Se a inflação volta a convergir para a meta, portanto, isso tende a regularizar essa parte da receita”, explicou. Outra questão que teve impacto, segundo Meirelles, foi o Refis , o programa de refinanciamento de dívidas de empresas e pessoas físicas. “Mas a arrecadação junho já retomou um pouco e nossa expectativa é que a retomada possa resolver essa questão”, disse.

Impasse nos combustíveis

O ministro da Fazenda comentou sobre o prazo de cinco dias, estipulado pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que Presidência da República dê explicações quanto ao aumento do PIS e do Cofins na gasolina e no diesel, medida essa anunciada no final de julho e que resultou em disputa judicial.

 “É uma discussão normal. O parecer da AGU [Advocacia-Geral da União] foi de que, sim, neste caso, por razões específicas, o aumento do PIS [Programa de Integração Social] e Confins [Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social] sobre combustíveis especificamente pode ser feito por decreto”, justificou Henrique Meirelles.

Leia também: Programa de Repatriação ficou abaixo do esperado, informou a Receita Federal