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De acordo com o Ministério do Trabalho, em 2014, apenas 39,5% das vagas do mercado de trabalho garantidas pela Lei de Cotas às pessoas com deficiência (PCDs) foram preenchidas. O motivo? Falta de estrutura nas empresas para atender às necessidades desses trabalhadores e a faltas de treinamento especializado compõem o panorama de problemáticas.

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Mercado de trabalho: Embora os anúncios de vagas estejam disponíveis nos sites, o raio de alcance é limitado, entenda por quê
Danilo Chamas / Fotomontagem iG sobre SXC
Mercado de trabalho: Embora os anúncios de vagas estejam disponíveis nos sites, o raio de alcance é limitado, entenda por quê

O cenário é comprovado com a pesquisa de 2016 do Vagas.com e da Talento Incluir que apuraram, que 62% dos trabalhadores com deficiência já enfrentaram algum problema em relação ao mercado de trabalho . Sendo que 66% relataram a existência da falta de oportunidade, 40% disseram que os salários são baixos, 38% avalia a ausência de plano de carreira e 18% cita a acessibilidade precária nas empresas.

A superação – em parte e totalmente – desses pontos citados contribuiu para que em 2015 houvesse crescimento de 5,75% nos postos de trabalho assumidos por PDCs. A elevação também foi consequência do aumento de fiscalização do Ministério do Trabalho .

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Limitação                                            

Embora os anúncios de vagas estejam disponíveis nos sites, o raio de alcance é limitado, uma vez que a divulgação não tem como foco atender, especificamente, as pessoas com deficiência.

A falta de conscientização é um dos pontos que mais contribui para que a força produtiva de trabalho seja reduzida, uma vez que reabilitar essas pessoas para o trabalho atingiria diretamente 24% da população, o que equivale a 45 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fábia Silva é responsável pela Gestão de Pessoas da IMC Saste que está em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) para contratar jovens aprendizes.  “Ao apoiar a APAE, a IMC Saste fortalece o desenvolvimento dos seus programas de profissionalização e, ao mesmo tempo, contrata funcionários PDCs mais aptos a exercerem cargos com diferentes qualificações, além de estimular o convívio de todos com a diferença, combatendo a intolerância e o preconceito”.

A atitude faz com que a confiança e a autoestima dessas pessoas sejam elevadas, e também contribui para a implementação de uma cultura de empatia no ambiente de trabalho, visto que a postura da empresa diante dessa questão fica refletida na sua rotina.

De acordo com o Vagas.com e a Talento Incluir, 57% das pessoas com deficiência entrevistadas disseram que já foi alvo de bullying no ambiente de trabalho. “Assim, só um estreitamento das relações entre o setor público, privado e a sociedade civil podem gerar uma mudança significativa nesse cenário do mercado de trabalho, pois o que os PDCs mais necessitam é de investimento em seu trabalho e de uma cultura nas empresas em prol da empatia”, finaliza Fábia.

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