O percentual de famílias com dívidas no País registrou alta em julho. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor divulgados nesta segunda-feira (31) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice subiu 0,7 ponto percentual na comparação com o mês anterior, passando de 56,4% para 57,1%. Na comparação com julho de 2016, no entanto, houve queda de 0,6 ponto percentual.
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Já o indicador dos consumidores inadimplentes, isto é, aqueles que possuem contas ou dívidas em atraso, chegou a 24,2% em julho deste ano. O resultado representa uma leve queda em relação a junho deste ano, quando o índice estava em 24,3%, mas superior a julho de 2016, quando registrada 22,9%. Ainda de acordo com a CNC, as famílias que não terão condições de pagar suas contas em atraso ficaram em 9,4% em julho.
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O resultado também ficou abaixo de junho, quando estava em 9,6%, mas acima de julho do ano passado, quando registrou 8,7%. Segundo o levantamento, a maior parte das contas dos brasileiros foi causada por conta do cartão de crédito (76,8%). Em seguida, estão os carnês (15,4%), crédito pessoal (11%), financiamento de carro (10,1%) e financiamento de casa (8%).
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O tempo médio de atraso para os pagamentos é de 63,1 dias. O número representa uma pequena elevação aos 62,4 dias registrados em julho de 2016. Em média, o tempo para pagamento das contas foi de 7,1 meses, sendo que 32,4% das famílias possuem contas em aberto por mais de um ano. Entre as famílias endividadas, 21,6% afirmam que mais da metade de sua renda está comprometida com o pagamento de contas.
"Apesar de ter aumentado em julho, o percentual de famílias com dívidas registrou queda na comparação com o mesmo período do ano anterior, apontando um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos e financiamentos para as famílias, mesmo após o processo de queda das taxas de juros", analisa Bruno Fernandes, economista da CNC.
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A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010 e analisa o cenário de dívidas dos consumidores brasileiros. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.
* Com informações da Agência Brasil.