Dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Banco Central (BC) apontam que as contas públicas, composta pelos resultados da União, estados e municípios, tiveram novo deficit no mês de junho. O deficit primário – das receitas menos as despesas – foi de R$ 19,552 bilhões. Segundo o BC, esse é o pior resultado para o mês de junho na série histórica do balanço, iniciada em 2001.
Leia também: IBGE: taxa de desemprego cai para 13% em junho, primeiro recuo desde 2014
Ao analisar o resultado do primeiro semestre, foi identificado um deficit primário nas contas pública s na ordem de R$ 35,183 bilhões. Nos 12 meses encerrados em junho, o resultado do rombo no País chegou a R$ 167,198 bilhões, o que representa 2,62% do Produto Interno Bruto.
Foi apurado ainda que no mês de junho, o resultado do Governo Central – que soma os resultados da Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional – teve deficit primário de R$ 19,937 bilhões. Em contrapartida aos resultados negativos apurados pelo BC, os governos estaduais apresentam superavit primário na ordem de R$ 346 milhões, e os municipais, superávit de R$ 107 milhões.
As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de R$ 145 milhões no mês passado.
Você viu?
Leia também: Rio de Janeiro registra fechamento de mais de 4 mil lojas no primeiro semestre
Outros resultados
No mês de junho os gastos com juros nominais apurados pelo Banco Central ficaram em R$ 31,511 bilhões, contra R$ 22,113 bilhões em igual mês de 2016. O deficit nomimal – obitido pelo resultado primário e os resultados do juros – foi de R$ 51,063 bilhões em junho, resultado maior do que apurado no mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de R$ 32,174 bilhões. Em 12 meses encerrados em junho, o déficit nominal ficou em R$ 440,297 bilhões, o que corresponde a 6,89% do PIB.
O resultado da dívida líquida do setor publico, que compila o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais, foi de R$ 3,112 trilhões em junho. O montante representa 48,7% do Produto Interno Bruto ( PIB ); alta de 0,6 ponto percentual em relação ao mês de maio.
Já a dívida bruta – que soma passivos dos governos federal, estaduais e municipais – somou a R$ 4,674 trilhões no período analisado pelo Banco Central , representou 73,1% do PIB, com aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior e impactou o resultado das contas públicas do mês de junho.
*Com informações da Agência Brasil
Leia também: PAC terá corte de R$ 7,4 bilhões com novo contingenciamento do governo