Um novo material pode colocar um ponto final no carregamento de baterias que ocupa boa parte do seu dia. Conhecido como MXene , o nanomaterial foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Drexel, nos Estados Unidos. Em entrevista ao Drexel Now, jornal da instituição, o professor Yuri Gogotsi afirmou que o MXene "nos levará a baterias de carros, laptops e celulares que podem ser carregadas em velocidades muito maiores – em segundos ou minutos em vez de horas".

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As baterias operam armazenando íons em espaços conhecidos como "locais de redox ativo" – o número de portas está diretamente relacionado ao tempo de vida da bateria. A maioria delas, no entanto, tem poucas portas e não são particularmente condutivas. O MXene, por sua vez, é altamente condutivo pois otimiza o fluxo de eletrodos e ofereve mais caminhos para essas portas que as baterias convencionais. Maria Likatskaya, pesquisadora na equipe da universidade, explicou o funcionamento da bateria.

Assim como o grafeno, MXene tem o potencial de mudar a forma atual de carregar baterias
Thinkstock/BBC
Assim como o grafeno, MXene tem o potencial de mudar a forma atual de carregar baterias

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"A arquitetura ideial de um eletrodo seria algo como íons se movimentando para as portas por diversas faixas, uma 'rodovia' de alta velocidade, em vez de tomar uma rua de apenas uma faixa. O design do noso eletrodo atinge este objetivo, o que oferece um carregamento rápido – na ordem de algums segundos ou menos", afirma.

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A chave para as propriedades do material é a sua estrutura bidimensional e a combinação de hidrogênio em gel com um componente em óxido metálico. Isto permite uma densidade capaz de proteger contra a radiação e água, mas o mais importante é que ela possua as características ideais de uma bateria.

Ainda que o MXene não tenha previsão de ser comercializado ou integrado com tecnologias atuais em menos de três anos, o material tem a possibilidade de romper com o atual modelo de carregamento ao corrigir tempos de carga longos e ineficientes, deterioração de dispositivos e sistemas com tempo de bateria relativamente curtos.

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O mais conhecido deles é o grafeno , apontado como o material útil para diversas áreas – tanto para dessalinizar a água do mar, quanto para criar robôs do tamanho de um inseto. Estamos vivendo em uma era em que temos uma capacidade científica muito maior do em qualquer período, criando materiais que antes considerávamos reservados para os filmes de ficção científica. Tratando-se do carregamento instantâneo de baterias ou de minirrobôs, os materiais do futuro são animadores.

* Com tradução de futurism.com.

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