O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta terça-feira (25) um decréscimo de 0,3 ponto no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em julho. Com o recuo, o indicador passou para 82 pontos, consolidando a tendência de queda sinalizada no mês anterior, quando o ICC retraiu cerca de 1,9 ponto.
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"A calibragem da confiança dos consumidores tem sido realizada principalmente nos indicadores de expectativas. Enquanto a incerteza estiver elevada, o consumidor deverá permanecer cauteloso na hora de assumir novos gastos de consumo", afirmou a coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV , Viviane Seda Bittencourt.
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Também em julho, houve piora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O pessimismo foi evidenciado no Índice de Situação Atual (ISA), que apresentou uma queda de 0,4 ponto, passando de 70,1 para 69,7 pontos. O recuo do mês foi apontado como a quarta queda consecutiva do ISA.
Expectativas e influências
Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,3 ponto, ao passar para 91,4 pontos, ainda sinalizando o aumento do pessimismo em relação à recuperação econômica neste ano. O indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual também decresceu no mês, com retração de 0,4 ponto, indo para 77,1 pontos - o menor resultado desde abril de 2017, quando o indicador atingiu 76,9 pontos.
A queda do Índice de Confiança do Consumidor em julho foi fortemente influenciada pela piora das perspectivas abrangentes à economia. O Indicador que mede esta variável registrou queda de 2,2 pontos se comparado ao mês de junho, o fazendo passar para 106, 9 pontos, menor nível desde dezembro do ano passado, quando decaiu para 102,2 pontos. É importante ressaltar que as incertezas que predominam o cenário político brasileiro também contribuíram negativamente para o resultado mensal.
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De acordo com a FGV, o recuo na confiança dos consumidores foi marcado pela continuidade da tendência de piora entre os consumidores com maior poder aquisitivo, enquanto as faixas de renda mais baixas apontaram para um resultado positivo. Quatro das sete capitais avaliadas pela fundação apresentaram decréscimos na confiança.