A projeção de crescimento para a economia brasileira em 2017, feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), foi elevada de 0,2% para 0,3%. O órgão, no entanto, reduziu, de 1,7% para 1,3%, a previsão de expansão para 2018 e advertiu que pode revisar a estimativa ainda mais para baixo caso a reforma da Previdência não seja aprovada.
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Ambas as estimativas constam da conclusão do Artigo Quarto de Consultas do FMI ao país. O documento foi aprovado nesta quinta-feira (13) pelo Conselho Executivo do Fundo. Para 2019 a 2022, o Fundo projeta crescimento de 2% ao ano no Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).
De acordo com a organização, as eleições no próximo ano tornam mais difícil a aprovação da reforma da Previdência em 2018 por receio de que os parlamentares percam votos. “Enquanto o fim da recessão aparenta estar à vista, uma recente elevação da incerteza pôs uma sombra sobre a perspectiva econômica.A capacidade do governo de entregar a reforma da Previdência Social, um passo necessário na direção de assegurar a sustentabilidade fiscal, ficou mais incerta, e, com eleições nacionais marcadas para 2018, está fechando a janela para a ação legislativa”, advertiu o Fundo no documento.
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Ainda segundo informações da entidade, o adiamento da reforma da Previdência para o próximo governo provocaria reação adversa no mercado financeiro no curto prazo, o que tornaria necessários cortes adicionais de gastos. Em relação ao quadro internacional, o Fundo aponta dois riscos: a contração maior que a esperada da liquidez financeira (capital financeiro em circulação) global e a desaceleração da economia chinesa em ritmo mais rápido que o previsto.
No que diz respeito à inflação do País, o Fundo Monetário Internacional reduziu todas as estimativas. A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) baixou de 4,4% para 4% em 2017 e de 4,3% para 4% em 2018. Para 2019 a 2022, o órgão estima inflação oficial também de 4% ao ano.
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A recessão, de acordo com o FMI, abriu espaço para a queda da inflação , por causa da redução da demanda, e para a melhoria das contas externas, porque o Brasil passou a importar menos nos últimos anos. A desinflação, ressaltou o Fundo, abre espaço para que o Banco Central continue a reduzir os juros básicos da economia.