Segundo estimativas da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor bruto da produção (VBP) deste ano deverá ser de R$ 536 bilhões, 4,3% maior do que o alcançado no ano passado, de R$ 514 bilhões. O VPB, estimado com base nas informações de junho, foi divulgado nesta quinta-feira (13).
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As estimativas da safra agrícola deste ano, que ficaram entre 237 milhões e 240 milhões de toneladas de grãos, junto aos resultados de alguns segmentos da pecuária, resultam no VPB. De acordo com a Agricultura , as 20 principais lavouras apresentam aumento real de 9,8% e a pecuária, um recuo de 6%. O valor das lavouras é de R$ 367,6 bilhões. Milho e soja representam 44,7% do valor das lavouras. A pecuária é estimada em R$ 168,4 bilhões.
Neste ano, o VBP foi puxado pelo aumento da quantidade produzida, tendo a elevação de preços papel menos relevante, diz o Mapa. Na análise do ministério, a produtividade, cujo aumento médio é de 22,3%, valor inédito, ocorre devido ao resultado da safra de verão, já que as lavouras de inverno têm retração na produtividade de 9,7%.
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No que diz respeito ao valor da produção, destacam-se o algodão herbáceo, com aumento de 72,5% no VBP; amendoim, 36%; arroz, 9,6%; cana-de-açúcar, 46,8%; laranja, 12,4%; mandioca, 76,9%; milho, 20,7%, pimenta do reino, 7,7%; tomate, 11,1%; e uva, 50,9%. Na pecuária, os destaques são suínos e leite.
Por outro lado, apresentaram recuo no valor da produção a banana, com diminuição de 19,4%, batata-inglesa (-53,2%), cacau (-17,7%), café (-12,2%), cebola (-39,3%), feijão (-16,5%), trigo (-28,1%) e maçã (-19,7%). A redução dos preços desses produtos e o aumento da oferta em geral têm sido decisivos para o baixo crescimento da inflação neste ano, segundo a pasta.
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Contas públicas
Assim como fez a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ministério da Fazenda também divulgou estimativas relacionadas às contas públicas nesta quinta-feira. Uma pesquisa do departamento, junto de algumas instituições financeiras, sinalizou aumento na previsão para o deficit primário do governo central, que engloba o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central. A previsão passou de R$ 142,051 bilhões para R$ 145,268 bilhões, valor acima da meta do governo de déficit de R$ 139 bilhões