O Serviço de Saúde e Segurança Alimentar da União Europeia recebeu, na última sexta-feira (30), um relatório enviado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No documento, a pasta brasileira informou que não foram ecnontrados em aves os dois tipos de salmonella que podem afetar a saúde pública: a tifimurium e a enteritidis.
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Algumas inconformidades apontadas pela missão da União Europeia que veio ao Brasil no início de maio motivaram a produção do relatório. De acordo com o Mapa, o documento inclui providências adotadas e o reforço no controle sanitário para impedir a presença de salmonella nos cortes de frango exportados ao mercado europeu. A missão havia insistido na necessidade de os frigoríficos melhorarem a fiscalização dos produtos, com reforço nas equipes de fiscais.
Visando atender a essa exigência, a pasta ainda afirmou que vai contratar, emergencialmente, em até 60 dias, 300 médicos veterinários, que trabalharão com os auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs) em plantas frigoríficas. Os novos contratados vão atender unidades que exportam para a Europa, nas atividades ante e post mortem. O Ministério do Planejamento também está dando andamento à solicitação para abrir concurso público e contratar mil fiscais para suprir a demanda dos próximos dez anos.
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Missões brasileiras na Europa
Também foi informado pelo Mapa que, neste semestre, o Brasil enviará missões veterinárias a diversos países europeus, como Holanda, França, Irlanda, Alemanha e República Tcheca. Segundo a pasta, a comunidade europeia é uma das prioridades por ser cliente antigo, que compra muito e que auxiliou o País a aprimorar a defesa agropecuária com suas exigências.
No ano passado, países do bloco europeu compraram US$ 1,8 bilhão de carnes do Brasil e, neste ano, até maio, a importação atingiu US$ 648 milhões. As aves são o carro chefe entre os embarques. Nos primeiros cinco meses de 2017, somaram US$ 338 milhões, seguidas dos cortes bovinos, com US$ 221 milhões, perus, com US$ 83 milhões, e, suínos, com US$ 166 mil.
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Depois da Operação Carne Fraca, deflagrada em março pela Polícia Federal (PF), o Brasil começou a aplicar uma fiscalização mais rigorosa. A principal denúncia dizia respeito à comercialização de carne adulterada no mercado interno e externo. Diversos países impuseram restrições à carne brasileira, enquanto mercados como os dos Estados Unidos e da União Europeia determinaram a fiscalização de 100% do produto nacional. No final do mês passado, os Estados Unidos decidiram suspender a importação de carne fresca do Brasil.