Nesta quinta-feira (29) o Serviço de Proteção ao Crédito ( SPC Brasil ) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgaram um balanço sobre o número de empresas em situação de inadimplência no País. Na apuração, foi constatado que a taxa cresceu 3,35% em maio, na comparação com o mesmo período de 2016. Em contrapartida, essa foi a menor variação para o mês de maio desde 2011.
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Já na comparação entre abril e maio deste ano, o registro foi de queda de 0,16%. ”Esse abrandamento do aumento do número de empresas negativadas , observado nos últimos meses, ocorre depois de um período de forte crescimento da inadimplência . Mesmo com o País ainda em crise, isso tem acontecido por conta da maior restrição ao crédito e menor propensão a investir que trazem redução do endividamento”, aponta o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Em relação ao número de dívidas em atraso, o crescimento foi menor, com alta de 1,04% na comparação anual. Seguindo a mesma tendência de empresas devedoras, o resultado de maio permanece em nível abaixo em comparação à média histórica, representando a menor variação de toda a série do indicador. Na comparação mensal, entre abril e maio, a variação negativa foi de 0,22%.
“Para os próximos meses, espera-se que a atividade econômica se mantenha fraca e os empresários permaneçam cautelosos devido ao cenário de grande incerteza política, o que deve manter o crescimento da inadimplência das empresas em patamares discretos frente à série histórica como um todo”, diz Pinheiro.
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Comparação regional
De acordo com o SPC Brasil e a CNDL, o Nordeste é a região que mais obteve crescimento na comparação entre os meses de abril e maio de 2017, com a alta de 4,53%.
Logo em seguida no ranking vem a Região Norte, com elevação de 3,67%, Sudeste, Centro-Oeste e Sul, com elevações respectivas de 3,40%, 3,01% e 0,90%.
Categorias
Serviços e agricultura foram os setores que registraram as altas mais expressivas, com as respectivas variações de 6,31% e 5,23%.
A indústria ficou na terceira posição, com a alta de 2,72% e o comércio ficou em último por conta do crescimento de 1,90%.
Já em relação ao setor credor das dívidas de pessoas jurídicas, ou seja, para quem as empresas estão devendo - e não em situação de inadimplência - o comércio lidera a lista com 6,17%. Já o segmento de serviços vem com queda de 0,44%. Mas a categoria que apresentou a maior variação negativa foi a agricultura, com recuo de 16,16%.
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