Dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (28) apontam que a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito apresentou queda 64,8 pontos percentuais em maio e atingiu 363,3% ao ano neste mês de junho. Com a retração, o juro cobrado do consumidor brasileiro chegou ao menor nível desde 2015.
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Em janeiro, a taxa era de 497,5% ao ano. O consumidor paga esses juros quando não consegue quitar o valor total da fatura do cartão no mês. No mês de abril entrou em vigor a norma em que permite que o mesmo use o rotativo apenas por 30 dias, o que pode ter ajudada na diminuição da taxa no período analisado pelo Banco Central .
Vale lembrar que a nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, obrigou as instituições financeiras a transferirem para o crédito parcelado, que cobra taxas menores.
Já o juro do rotativo classificado pelo BC como “não regular” – quando acontece a inadimplência da fatura – ficou em 445,1% ao ano em maio, o que representa queda de 75,1 pontos percentuais na comparação com o mês de abril. A taxa do rotativo do cartão “regular” caiu 50,2 pontos percentuais, indo para 247,5% ao ano. A média dessas duas taxas é 363,3% ao ano. A taxa do crédito parcelado caiu 2,2 pontos percentuais para 160% ao ano.
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Cheque especial
Foi analisada pelo Banco Central a taxa de juros do cheque especial . Em maio o índice ficou em 325,1% ao ano, queda de 3,1 pontos percentuais na comparação com abril. A taxa média para as famílias também teve queda – 4,5 pontos percentuais – e atingir 63,8% ao ano, em maio. No caso das empresas, a taxa caiu 0,4 ponto percentual para 25,9% ao ano.
A inadimplência do crédito, faturas em atraso superior a 90 dias, para pessoas físicas ficou em 5,9%, com aumento de 0,1 ponto percentual em relação a maio. No caso das pessoas jurídicas, a taxa chegou a 6%, com alta de 0,4 ponto percentual. Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o captado no mercado.
Crédito
Os juros cobrados na concessão de crédito também foi analisado pelo Banco Central. No crédito direcionado – empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados aos setores habitacional, rural e de infraestrutura – a taxa ficou levemente mais alta ao atingir 9,7% ao ano. A taxa que é cobrada das empresas teve alta de 0,1 ponto percentual e chegou a 11,1% ao ano neste mês de junho.
A inadimplência das famílias subiu 0,1 ponto percentual para 2,2% e das empresas, ficou estável em 2,2%.
*Com informações da Agência Brasil
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