FGV: confiança da Indústria registra queda de 2,8 pontos em junho
Em junho, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) ficou em 89,5 pontos, considerado o seu menor nível desde fevereiro, quando marcou 87,8 pontos
Por Brasil Econômico |
Nesta quarta-feira (28), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou um recuo de 2,8 pontos no Índice de Confiança da Indústria (ICI) no mês de junho. O indicador ficou em 89,5 pontos, seu menor nível desde fevereiro, quando marcou 87,8 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 0,4 ponto, ao passar para 91 pontos – primeira queda do ano.
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“Após alcançar, no mês passado, o maior patamar desde o início da recessão, em 2014, a confiança da indústria voltou a ceder em junho. As expectativas, que têm sido protagonistas na dinâmica da confiança, foram atingidas com o aumento da incerteza após a deflagração da nova crise política, em maio. A Sondagem sinaliza ainda a interrupção do processo de ajuste dos estoques industriais e a favorável contribuição do mercado externo para o desempenho do setor nos últimos meses”, afirmou a coordenadora da sondagem da indústria do Ibre/ FGV , Tabi Thuler Santos.
Queda geral
O recuo na confiança atingiu 13 dos 19 segmentos industriais , além de impactar também as expectativas quanto às percepções sobre a situação atual. O Índice de Expectativas (IE) apresentou decréscimo de 3,6 pontos, indo para 92,1 pontos, enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 2 pontos, passando para 87 pontos.
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As perspectivas com o total de pessoal ocupado nos três meses seguintes foi apontado como o principal contribuinte para a queda do IE, após cair 7 pontos, para 85,6 pontos – menor nível desde de dezembro do ano passado, quando alcançou 81,8. Além disso, houve retração na proporção de empresas que preveem aumento no volume de pessoal, de 13,9% para 9,3%. Já as que preveem retração no quadro, houve elevação, ao passar de 16,1% para 20,9%.
A piora das avaliações sobre o nível de estoque foi a principal influência negativa para a queda do ISA, uma vez que as empresas que avaliam o nível de estoques como excessivos aumentou, de 12,2% para 12,7%, enquanto as que os consideram insuficientes retraiu, de 5,2% para 4,6% do total.
A FGV ainda evidenciou uma baixa de 0,5 ponto percentual (p.p) no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) entre maio e junho, para 74,2%, considerado o menor resultado desde dezembro de 2016, quando havia sido registrado o mínimo histórico da série, que teve início em 2001.
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