Todas as importações de carne fresca do Brasil foram suspensas nos Estados Unidos. Essa foi a decisão secretário de Agricultura, Sonny Perdue, anunciada nesta quinta-feira (22). O bloqueio se deve as preocupações recorrentes sobre a segurança dos alimentos destinados ao mercado americano.
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A informação veio por meio de um comunicado, onde Perdue declara que os embarques com carne estarão suspensos até que o Ministério da Agricultura brasileiro tome medidas corretivas consideradas satisfatórias pelo Departamento de Agricultura americano.
Desde março, o Serviço de Inspeção e Segurança de Alimentos dos EUA, responsável por fiscalizar todos os produtos de origem alimentícia que chegam do Brasil, já barrou 11% da mercadoria brasileira de carne fresca.
“Esse valor é substancialmente superior à taxa de rejeição de um por cento das remessas do resto do mundo”, diz a nota do governo estadunidense.
Ao adotarem uma inspeção mais rigorosa, o governo de Donald Trump rejeitou 106 lotes de produtos de origem bovina originários do Brasil. Entre as irregularidades, foram constatados problemas de saúde pública, condições sanitárias e problemas de saúde animal.
O texto apresentado pelo país norte-americano afirma que o governo brasileiro se comprometeu a resolver essas preocupações.
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“Garantir a segurança do fornecimento de alimentos da nossa nação é uma das nossas missões críticas, e é uma tarefa que empreendemos com muita seriedade. Embora o comércio internacional seja uma parte importante do que fazemos no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), e o Brasil há muito tempo é um dos nossos parceiros, minha prioridade é proteger os consumidores americanos. Isso foi o que fizemos, interrompendo a importação de carne fresca brasileira", afirma o documento americano.
Brasil
Na última quarta-feira (21), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil suspendeu as exportações de cinco frigoríficos para os EUA, após as autoridades sanitárias americanas identificarem problemas devido à reação à vacina contra a febre aftosa.
De acordo com a nota emitida pelo Mapa, a proibição continuará valendo até que sejam adotadas “medidas corretivas”.
Os EUA não foram os únicos que rejeitaram a carne brasileira. Desde que a Polícia Federal deflagrou a operação Carne Fraca, responsável por investigar irregularidades em frigoríficos brasileiros, o escândalo se espalhou por diversos países que impuseram medidas restritivas ao produto.
*Com informações da Agência Brasil
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