No acumulado dos cinco primeiros meses de 2017, os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chegaram ao volume de R$ 27,7 bilhões. O resultado é 13% inferior ao de igual período do ano passado, segundo informou a instituição nesta terça-feira (20).
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O desempenho da indústria e do comércio e serviços contribuiram para a redução. As quedas nos desembolsos dos setores alcançaram 34% e 14%, respectivamente. Somados, os dois segmentos responderam por mais de 40% dos recursos liberados pela instituição entre janeiro e maio.
Ainda no período avaliado, o melhor desempenho foi do setor agrícola, que representou 20% do total liberado e manteve o patamar de 2016 nos desembolsos (R$ 5,5 bilhões). Para infraestrutura, foram desembolsados R$ 10,2 bilhões, redução de 1%. A assessoria do BNDES destacou, entretanto, que houve alta significativa dos desembolsos nos segmentos de telecomunicações (479%) e energia elétrica (48%).
Por regiões
Segundo o boletim de desempenho divulgado pelo banco, o Nordeste brasileiro mostrou o maior aumento de desembolsos (29%) durante os cinco primeiros meses, seguido do Norte (17%) e do Centro-Oeste (11%), enquanto Sul e Sudeste tiveram redução de 25% e 26%. Em termos de volume de recursos, porém, a Região Sudeste permaneceu liderando, com um total de R$ 10,8 bilhões nos cinco meses até maio.
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Por porte
Considerando o porte das companhias, apenas as médias empresas tiveram crescimento nas liberações efetuadas pela instituição no período pesquisado (44%), com R$ 3,5 bilhões. As micro, pequenas e médias empresas ficaram com 38% de todos os empréstimos do banco nos cinco primeiros meses do ano.
Máquinas e equipamentos
Mesmo com a demanda ainda em baixa, o banco registrou crescimento na aprovação de crédito destinado à aquisição de máquinas e equipamentos. A alta acumulada nos cinco primeiros meses de 2017 atingiu 42% sobre igual período de 2016. No período, foram aprovadas mais de 29.700 operações da Finame, que é a linha de financiamento de bens de capital do banco, no montante de R$ 8,9 bilhões.
A Finame registrou no mês de maio sua primeira alta nos desembolsos , em comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde setembro de 2014. Foram desembolsados R$ 1,5 bilhão em maio, superando em 11% o número apurado em igual mês de 2016.
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Estes dados, de acordo com a avaliação do BNDES, indicam a recuperação da economia. Isso acontece porque a Finame é um dos primeiros indicadores de retomada, na medida em que reflete investimentos de curto prazo em modernização.