Metade dos pequenos empreendedores brasileiros tem ensino superior, diz pesquisa
Alto grau de escolaridade dos entrevistados pode ser reflexo da crise, pois muitos profissionais com carreira estabelecida perderam seus empregos
Por Brasil Econômico |
De acordo com uma pesquisa encomendada pela iZettle, empresa sueca de pagamentos e serviços financeiros, indica que 49% dos empreendedores brasileiros possuem ensino superior completo, sendo que 18% deles têm pós-graduação ou doutorado. Além disso, outros 17% possuem formação técnica.
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Considerando o grupo pesquisado, 62% são do sexo masculino e 59% têm entre 25 e 44 anos. O levantamento, feito pela Qualibest, com 831 entrevistas nas cinco regiões do Brasil, teve como objetivo traçar o perfil e investigar os principais desafios dos pequenos empreendedores , com ênfase na categoria MEI (Microempreendedor Individual).
O alto grau de escolaridade dos entrevistados pode ser visto como um reflexo da crise que o Brasil enfrenta nos últimos anos. “Muitos profissionais que tinham uma carreira bem estabelecida no varejo e na indústria, dois dos setores mais atingidos pela recessão, perderam os empregos e usaram sua expertise para abrir o próprio negócio”, pondera Daniel Bergman, CEO da iZettle no Brasil.
“Como efeito colateral positivo, a formação desses profissionais pode resultar na geração de uma safra de novos negócios com mais potencial para sobreviver e se desenvolver no longo prazo”, completa.
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Destacando-se como impulsionadora do empreendedorismo no Brasil, a categoria de Microempreendedores Individuais ( MEI ) já soma mais de 6,5 milhões de participantes. Entre os entrevistados, 50% dos têm faturamento de até R$ 60 mil por ano, teto da categoria MEI. Outros 21% faturam menos de R$ 15 mil, enquanto 12% ganham entre R$ 15 e R$ 30 mil e 9% estão na faixa de R$ 30 a R$ 40 mil. Os demais 8% ficam entre R$ 40 e R$ 60 mil.
Áreas de atuação
No Brasil, o setor de serviços é o que mais se destaca: 42% estão nesse segmento, sendo que cerca de 25% trabalham com serviços ou consultoria de tecnologia da informação. Na sequência estão os serviços de contabilidade ou jurídicos empatados com reparos domésticos ou automotivos, ambos com 12% da fatia. Em seguida vem educação e serviços pessoais, ambos com 7%, e assessoria no geral, com 5%.
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O segundo maior segmento é o varejo, com 18% das menções dos empreendedores. O destaque fica para vestuário e acessórios, área de 39% dos varejistas. O próximo setor mais citado é o de alimentos, bebidas e hotelaria, com 15%. Na categoria, cafeterias, restaurantes ou padarias representam 33% do bolo, enquanto os serviços de buffet ficam com 20%.