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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), orgão regulador do mercado de capitais no Brasil, anunciou, nesta quarta-feira (31), a instauração de dois inquéritos administrativos relacionados a ações recentes da JBS. O objetivo é aprofundar as apurações iniciadas em processos administrativos abertos no último dia 19 para investigar a atuação da empresa no mercado de dólar futuro e em negociações do acionista controlador, a FB Participações.

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Em comunicado, a CVM afirma considerar "relevante atualizar o mercado e o público em geral a respeito dos procedimentos envolvendo a JBS , abertos após as notícias, veiculadas em 17 de maio, envolvendo a delação de acionistas controladores da companhia". A empresa ainda conta com oito processos administrativos abertos desde o dia 18. Entre eles, cinco se encontram em análise na Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM, autarquia ligada ao Ministério da Fazenda.

Processos tem o objetivo de esclarecer notícias sobre a delação de acionistas controladores da JBS
Divulgação
Processos tem o objetivo de esclarecer notícias sobre a delação de acionistas controladores da JBS

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Os processos pretendem esclarecer questões referentes a notícias e especulações sobre a delação de acionistas controladores da empresa,  Joesley e Wesley Batista . Além disso, a CVM pretende analisar a eventual influência no Conselho de Administração da BRF e a veracidade da divulgação dos controladores diretos e indiretos da Blessed Holdings, sociedade estrangeira com sede em Delaware, nos Estados Unidos, que integra o grupo de controle da companhia.

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Administradores e acionistas controladores

A JBS também será investigada quanto à conduta dos administradores e acionistas controladores à luz dos deveres fiduciários previstos na Lei das Sociedades Anônimas, em decorrência do acordo de delação premiada entre os executivos da empresa e sua controladora com o Ministério Público Federal. Também deverá ser questionada a veracidade de notícias sobre o uso da aeronave da companhia por Joesley Batista.

Segundo a CVM, dois outros processos estão em andamento e análise, respectivamente, nas superintendências de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI) e de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI). O primeiro apura reclamação de investidor envolvendo eventuais compras de dólares pela empresa antes de notícias sobre as delações dos controladores da companhia.

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O segundo analisa a atuação do Banco Original no mercado de derivativos. O banco é controlado pela J&F Participações, que também controla a JBS. Em outro processo, aberto no dia 19, a CVM comunicou a existência de indícios de crime de uso de informaçnao privilegiada, conhecido no mercado como insider trading , observados em operações feitas no mercado de dólar futuro e de negócios com ações de emissão da JBS S.A. no mercado à vista.

* Com informações da Agência Brasil.

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